Ouvir música é algo comum, mas que tem potencial de mudar o nosso dia – tanto que, nesse sentido, muitas pessoas adoram ouvir músicas tristes, seja para se afundar de vez ou até mesmo para se sentir melhor diante de alguma situação específica. Mas você já parou para se perguntar o motivo disso? Se sim, um estudo científico da Revista Plos One lhe trouxe a resposta.

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Então, para você que quer entender mais dos efeitos das canções em nosso cérebro, continue lendo esse texto preparado pelo NSC Total.

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Realmente gostamos de músicas tristes?

Qual é a razão para gostarmos de músicas tristes?

Essa questão intriga os pesquisadores há um bom tempo. Segundo dados presentes na pesquisa em questão, entre 25% e 50% das pessoas relataram que a maioria das músicas que gostam geram um sentimento de tristeza. Assim, a pergunta natural é: por que as pessoas gostam de ouvir músicas que despertam sentimentos ruins?

Para responder isso, foi feito um teste com 50 participantes que escolheram músicas de sua preferência. Em seguida, foi solicitado que eles imaginassem como seria ouvir aquela música “removendo” a sensação de melancolia. A maioria conseguiu fazer esse exercício mental e 82% dos participantes revelaram que não seria tão prazeroso ouvir a música sem a sensação de tristeza.

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Diferenças entre tristeza e comoção

Contudo, o professor Emery Schubert, autor do estudo do Laboratório de Musicologia Empírica da University of New South Wales na Austrália, aponta uma razão interessante para isso. Em um comunicado à imprensa, o teórico revelou que alguns estudos anteriores postulam que a tristeza faz parte do sentimento de comoção que a canção traz.

De acordo com Schubert, as análises anteriores se referem a uma chamada hipótese do efeito indireto. Conforme essa linha, as pessoas sentem a tristeza como parte de outro sentimento, a comoção, que traz uma mistura entre sensações boas e ruins. O professor aponta que as pesquisas feitas pelos defensores dessa tese revelam que tristeza e comoção se sobrepõem.

Desse modo, é possível dizer que é um ciclo: “a tristeza traz a comoção e a comoção traz a tristeza”, afirma o estudioso. 

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Limitações da pesquisa 

Porém, esse estudo publicado na Plos One tem as suas limitações. Isto pois pedir para os participantes escolham músicas que amam e acham tristes ao mesmo tempo pode dar uma pista do que se trata o teste e enviesar os participantes. Sabendo disso, o professor Emery Schubert contou no comunicado que ele e sua equipe fizeram para mitigar o problema.

“Não mencionamos o objetivo da pesquisa durante o recrutamento, fizemos uma triagem dos trechos selecionados e tivemos um controle de condições”, aponta o autor.

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