Mário Cezar de Aguiar
Vice-presidente da Fiesc
A substituição da força animal por máquinas a vapor, que ocorreu no final do século 18, é considerada a primeira revolução industrial. No século seguinte, a energia elétrica foi incorporada aos parques fabris, o que abriu uma nova era do desenvolvimento industrial, permitindo a produção em massa de bens de consumo. Foi a chamada segunda revolução industrial. Certamente, essas mudanças provocaram alterações profundas no comportamento humano, permitindo às pessoas acesso a mais conforto. Mas havia ainda grande dependência do trabalho braçal. A terceira revolução industrial, introduzida na segunda metade do século passado com a informática, permitiu que muitos dos trabalhos pesados e repetitivos fossem automatizados e feitos com robôs.
Continua depois da publicidade
Atualmente, a união de robótica, inteligência artificial, impressoras 3D, nanotecnologia, acesso ao Big Data, drones, entre outras ferramentas, nos remetem à quarta revolução industrial e vem acelerando de maneira ainda mais impressionante as mudanças no cotidiano das pessoas, que afetarão o mercado de trabalho de forma dramática. A substituição da ocupação humana pela robótica avançada provocará o chamado desemprego tecnológico. Por esta razão, o relatório do Fórum Econômico Mundial sinaliza uma perda líquida de 5,1 milhões de empregos até o ano de 2020.
Confira as últimas notícias de Joinville e região.
Continua depois da publicidade
Por terem maior acesso a tecnologias, a centros de pesquisa e inovação, a melhor infraestrutura e a capital, esta nova fase será mais significativa em países mais desenvolvidos. Isto gera, por exemplo, a expectativa norte-americana de retomada industrial, recuperando, agora de maneira totalmente automatizada, plantas fabris que haviam sido perdidas para países com força de trabalho mais barata. O Brasil, por sua condição de economia em desenvolvimento, se insere no rol de países em que estas transformações demandarão mais algum tempo, nos distanciando ainda mais dos países desenvolvidos.
Para acelerar este processo, o Senai, por meio de seus institutos de inovação, dispõe de profissionais altamente qualificados e laboratórios com equipamentos de última geração para ajudar as indústrias catarinenses e brasileiras a serem protagonistas também nesta nova fase, incluindo o Brasil na lista dos países mais avançados.