Em contraponto enviado ao Santa, o advogado do motorista Geovani dos Santos Machado, disse que a prisão do homem serviria apenas para “acalmar o clamor público”. Confira abaixo o teor do texto encaminhado pelo defensor Vilmar Quizzeppi da Silva nesta sexta-feira:
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“É inimaginável o sofrimento da família das vítimas. Foram vidas que se perderam, mas não se pode dizer que houve a intenção de matar o casal – a embriaguez que faz com que haja a responsabilização a título doloso (com intenção de matar) é aquela em que a pessoa se embriaga com o intuito e como encorajamento de praticar o ilícito penal, assumindo o risco de produzir o resultado, o que não ocorreu no caso. O indiciado é pessoa pobre, possui residência fixa, está na cidade em busca de emprego, não tem antecedentes criminais, nunca havia se envolvido em outro acidente de trânsito e está internado sem a menor condição de se evadir do distrito da culpa, muito pelo contrário, vai responder e comparecer em todos os atos do processo. A prisão em nada seria proveitosa, senão para acalmar o clamor público”.
O acidente ocorreu na noite de terça-feira, às 19h, e matou Adriana Jucéli Cattoni e Everton Kreutzfeld. Um bebê que estava no carro, preso à cadeirinha, sobreviveu e já está com os avós maternos. Nesta sexta-feira, um novo pedido de prisão preventiva foi encaminhado pela promotora de justiça Caroline Cristine Eller, da 2ª Promotoria de Indaial.
Segundo laudo da ocorrência, o motorista que teria perdido o controle do carro e invadido a pista contrária, estava com dificuldade de equilíbrio, fala alterada, olhos vermelhos, sonolento, e com odor de álcool no hálito.
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