Anderson Amorim, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol), diz que a falta de planejamento de vários governos gerou o alto déficit na Polícia Civil. Leia os principais trechos da entrevista:
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Diário Catarinense – O senhor acredita que haverá essa debandada de até mil policiais?
Anderson Amorim – No campo da especulação acredito que haverá saída de até mais de mil policiais. Mas é preciso esperar até agosto para garantir que o plano oferecido pelo governo irá vingar. A primeira parcela será em agosto deste ano, a segunda em agosto de 2015 e a terceira em dezembro de 2015. Se eles (policiais) saírem é uma questão de direito e hoje passa de 30% do efetivo (com tempo de aposentadoria).
DC – Quantos policiais devem sair na avaliação do Sinpol?
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Anderson – Acreditamos que aproximadamente os 30%, que serão de mil a 1,2 mil policiais. E os que vão sair também o salário não é aquilo tudo.
DC – Como o Sinpol vê o efetivo atual e futuro da Polícia Civil?
Anderson – Houve uma falta de planejamento de vários governos. Não é a culpa exclusiva do Colombo (governador Raimundo Colombo). Ele (Colombo) já deveria ter aberto concurso para 1,2 mil policiais. Até agora não lançaram o edital.
DC – Que prejuízos estima?
Anderson – O atual efetivo já é curto, com déficit de quase 50%. Então vamos ficar com déficit de até 60% a 70%.
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DC – Mas e em relação aos reflexos à população?
Anderson – A previsão é a pior possível, muito crítica e preocupante, embora a Polícia Civil catarinense seja competente e uma das melhores do Brasil. É preciso investimento e material humano, pois tende-se a perder muito.