O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, concedeu coletiva à imprensa, pouco depois das 16h30min, no ginásio do centro Desportivo Municipal (CDM). Segundo ele, os governos federal e estadual não deverão medir esforços e estão dando todo o suporte às vítimas e às famílias. De acordo com Padilha, há uma grande articulação que abrange o deslocamento de helicópteros, ambulâncias e equipes médicas de várias cidades do país para Santa Maria. O ministro confirmou que há, até o momento, 233 mortos e 116 pessoas feridas. Segundo o ministro, as mortes e as internações têm como principal causa a inalação de fumaça do incêndio

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– A maior parte das mortes foi por inalação da fumaça tóxica do incêndio. Estamos sendo incansáveis e estamos removendo aqueles pacientes com queimaduras para Porto Alegre. A presidente Dilma Rousseff determinou que seja dado total apoio às famílias desta tragédia.

Alexandre Padilha também disse que há, até o momento, 30 pacientes que respiram com a ajuda de aparelhos. Para estes pacientes, Padilha assegurou que foi disponibilizada uma estrutura de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para dar atendimento a estes feridos.

– O nosso compromisso é dar assistência aos feridos que sobreviveram a esta tragédia. E, da mesma forma, a nossa segunda prioridade é dar suporte médico e psicológico aos familiares destas vítimas – falou o ministro.

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Município dará apoio às famílias das vítimas

O secretário de Relações de Governo e Comunicação, Giovani Manica, conta que a prefeitura providenciará o encaminhamento daqueles familiares dos mortos, que sejam de outra cidade, para hotéis da cidade. Conforme Manica, despesas com hospedagem e alimentação serão custeadas pelo Executivo municipal. Ainda no ginásio do CDM, o Grupo de Gerenciamento da Crise auxilia no cadastro dos familiares que estão em busca de informações sobre as vítimas.

A tragédia

O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.

Sem conseguir sair do estabelcimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.

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A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos útimos 50 anos no Brasil.

Veja onde aconteceu

Imagem: Arte ZH

A boate

Localizada na Rua Andradas, no centro da cidade da Região Central, a boate Kiss costumava sediar festas e shows para o público universitário da região. A casa noturna é distribuída em três ambientes – além da área principal, onde ficava o palco, tinha uma pista de dança e uma área vip. De acordo com o comando da Brigada Militar, a danceteria estava com o plano de prevenção de incêndios vencido desde agosto de 2012.

Clique na imagem abaixo para ver a boate antes e depois do incêndio

A festa

Chamada de “Agromerados”, a festa voltada para estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) começou às 23h de sábado. O evento era de acadêmicos dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária, Tecnologia de Alimentos, Zootecnia, Tecnologia em Agronegócio e Pedagogia. Segundo informações do site da casa noturna, os ingressos custavam R$ 15 e as atrações eram as bandas “Gurizadas Fandangueira”, “Pimenta e seus Comparsas”, além dos DJs Bolinha, Sandro Cidade e Juliano Paim.

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