De passagem por Florianópolis nesta sexta-feira, onde participou como paraninfo de uma turma de formandos da Polícia Rodoviária Federal, o ex-ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, comentou como tem sido os últimos momentos ao lado da presidente afastada, Dilma Rousseff, e ironizou as declarações do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha — em depoimento ao Conselho de Ética na quinta-feira, Cunha afirmou que o procurador-geral do Banco Central, Isaac Sidney, é “capacho” de Cardozo.
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—O presidente Eduardo Cunha tem se notabilizado exatamente por afirmações que são absolutamente descompromissadas com a verdade. Todo mundo conhece o Eduardo Cunha, não preciso dar boas explicações para que possamos entender os seus gestos — rebateu.
Dedicado à defesa de Dilma Rousseff e agora integrado à equipe de trabalho da presidente afastada, José Eduardo Cardozo afirmou que Dilma está serena:
—A presidenta mantém uma profunda serenidade em relação a esse momento, mas uma convicção clara de que nós estamos vivendo um momento muito difícil no país e que é necessário, cada vez mais, nós lutarmos para que a democracia seja mantida e que o Estado de direito seja respeitado.
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Perguntado sobre a possibilidade de uma virada no julgamento do impeachment no Senado, o ex-ministro reforçou a confiança em Dilma Rousseff.
—Tenho absoluta convicção de que as acusações dirigidas contra a presidente da República são absolutamente improcedentes. Tenho certeza de que as pessoas, superando paixões políticas ou até ansiedades que se colocam na busca do poder, devem perceber o quão mau para um país é a fragilização de sua democracia. Demoramos tanto tempo para conquistar a democracia no país, não podemos abrir mão dela e do Estado de direito dessa forma — concluiu.
“Não podemos abrir mão da democracia e do estado de direito dessa forma”, diz o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
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