
A situação do momento é complexa. Não há resposta certa e sim inúmeros possíveis cenários e decisões, que indubitavelmente terão efeitos colaterais. Qualquer decisão tomada pelos governos, por exemplo, terão efeitos colaterais nocivos; não dá para ter o “melhor dos mundos”. O futuro é simplesmente incerto e mudará, inclusive, em função das ações que estão sendo tomadas hoje.
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E é justamente em meio a um período crítico como esse, que observamos o assustador aumento na disseminação das fake news. Nesse momento de verdadeira incerteza, medos diversos e com muitas perguntas e poucas respostas, muitas pessoas têm se dedicado a compartilhar pseudo-informações, links, vídeos e memes, sem a menor preocupação com a racionalidade ou veracidade do conteúdo.
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Ao mesmo tempo em que há uma “corrente” cobrando e exigindo mais responsabilidade para com a verdade e isenção, por parte dos jornalistas e meios de comunicação em geral (legítima e procedente, diga-se de passagem), boa parte dessas mesmas pessoas encaminham pelas mídias sociais as mais diversas aberrações. Mentiras, desinformação, achismos e, não raro, maldades para denegrir pessoas, grupos ou partidos são encaminhados e se espalham exponencialmente.
Lamentável! Até em grupos mais “elitizados”, como de executivos de empresas, lideranças públicas e privadas, ou de empreendedores, a disseminação de mentiras está surpreendente. Parece que o importante é compartilhar, gerar polêmica, ser o primeiro a postar, e quem sabe ganhar alguma notoriedade, ou uns likes!
Regras básicas, antes de compartilhar qualquer informação, deveriam ser:
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1) ler/ouvir/assistir com atenção.
2) refletir/pensar criticamente/entender.
3) confirmar a veracidade e/ou procedência da informação.
Se fizéssemos isso, certamente teríamos um cenário muito mais sereno, “pé-no-chão” e realista.
E por falar nisso, são nessas situações que aflora a necessidade do pensamento crítico. Essa habilidade, que aliás, está na lista das famosas “soft skills” (habilidades comportamentais do profissional moderno). O pensamento crítico foca a compreensão, avaliação e formulação de raciocínios. Pensar criticamente é focar nos objetivos e não nos obstáculos. É oportunizar a resolução de problemas, e não simplesmente buscar respostas prontas.
Por isso, diante desse cenário catastrófico, compete a cada um de nós um pouco mais de serenidade, um pouco mais de reflexão e busca pela verdade. Talvez seja o momento de falar menos e fazer mais, de enfatizar “o que eu posso fazer pelo coletivo” em vez de “o que os outros estão fazendo por mim”.
Mais pensamento crítico, mais verdade, e menos fake news e superficialidades, por favor! Vamos em Frente!