Após um ataque ao Fórum de Palhoça, um carro e dois ônibus incendiados desde sexta-feira em Santa Catarina, a Polícia Militar descarta o retorno dos atentados. Em alerta desde a noite de sexta-feira, após a primeira das ocorrências, o setor de inteligência não conseguiu identificar os ataques como sendo criminosos e eliminou esta possibiliade.

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Para a instituição, os fatos não passam de casos isolados e a hipótese é de assalto seguido de atos de vandalismo.

– Isso chegou a nos deixar em alerta, mas não estamos considerando a possibilidade de atentado neste momento. Um alarme falso é muito perigoso – diz a tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, chefe da comunicação social da PM.

No início da noite de sábado, um ônibus da empresa Emflotur foi queimado por dois jovens, no Bairro Chico Mendes, região Continental de Florianópolis. O motorista, o cobrador e um funcionário do Big estavam posicionados ao lado do veículo no momento que um dos criminosos anunciou o assalto e pegou a carteira de um dos ocupantes. Em seguida, os dois atearam fogo no veículo.

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Cerca de 12 horas depois, já no amanhecer de domingo, outro veículo – um Gol – foi encontrado em chamas nos fundos do Mercado Belo Horizonte, no Bairro São Luiz, em São José. O carro estava abandonado no local e havia sido furtado em Florianópolis ao longo da semana que passou.

Segundo Claudete, o modus operandi dos dois casos é diferentes dos ataques da época dos atentados, quando os criminosos adentravam nos veículos com o alerta imediato para todos descerem e ateavam fogo. Em ambos os casos deste fim de semana, não teria sido isso que aconteceu:

– No primeiro teve assalto e, só depois, eles queimaram o ônibus provavelmente por vandalismo. No segundo, o carro foi encontrado queimando e as causas podem ter sido qualquer uma. Há um índice alto no Estado de veículos que incendeiam a cada mês e, nem por isso, se configura como atentado – explica.

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Mesmo assim, os casos seguem sob investigação.

Na sexta-feira, um ônibus foi incendiado na rua Alfredo Wagner, no bairro dos Municípios, em Balneário Camboriú. No mesmo dia, em Palhoça, um vigilante do Fórum de Palhoça foi baleado após um condutor de uma moto disparar três tiros contra o edifício. Ninguém foi detido e os dois casos estão sob investigação.

Veja a entrevista com o cobrador Zildo Borcath, 45 anos, que estava no ônibus queimado, em Florianópolis: