O relatório do conselheiro Luiz Roberto Herbst foi muito mais contundente do que a expectativa gerada em torno de seu anunciado voto pela rejeição das contas do governo Raimundo Colombo em 2016. Com dados técnicos incontestáveis e sólida fundamentação legal fez uma leitura precisa com análise minuciosa das 15 ressalvas e das 21 recomendações.

Continua depois da publicidade

Apontou entre as inconstitucionalidades a inclusão dos inativos da educação no cálculo das despesas obrigatórias de 25% da receita com o ensino. Definiu como ¿mais preocupante¿ o déficit na previdência de R$ 3,5 bilhões; criticou a transferência do ICMS da Celesc diretamente ao Fundosocial, com prejuízo na distribuição tributária entre os poderes; condenou desrepeito à Lei Júlio Garcia, que destina percentual dos recursos do Fundosocial para as Apaes; acusou o não pagamento integral das bolsas de estudo para alunos carentes das Universidades; denunciou maquiagem que resultou em déficit real de R$ 204 milhões, transformados em superávit por manobras contábeis.

O secretário da Casa Civil, Nelson Serpa, fez a defesa do governo, começando por indicar que as principais restrições foram resultantes da grave crise que atingiu o país, produzindo efeitos em Santa Catarina. Destacou que em 2016 a arrecadação aumentou apenas 3,51%, enquanto a inflação foi de 6,99% e que o orçamento teve perdas de R$ 1,6 bilhão.

Mostrou dados sobre a posição privilegiada de Santa Catarina, único que não aumentou impostos, que melhorou a competitividade, teve menor índice de desemprego e manteve obras e investimentos.

Enfatizou, em apelo aos conselheiros, que a rejeição das contas iria punir toda a população, pois o governo estaria impedido de firmar novos convênios e receber transferências do governo federal.

Continua depois da publicidade

Acompanhe as publicações de Moacir Pereira

Colocar últimas notas do colunista