O país vive um dos melhores momentos para concurseiros. Há vários concursos em andamento. A imprensa tem informado que há mais concursos abertos no primeiro semestre deste ano do que o total aberto nos anos de 2021 e 2023. Um dos mais cobiçados é para Auditor-Fiscal do Trabalho, conforme Portaria n° 2.453/2023 do Ministério da Gestão e Inovação, com autorização para 900 vagas em todas as regiões do país.
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Na região Sul, Santa Catarina e Paraná devem ser contemplados com um bom número de vagas. Os dois estados tiveram um crescimento econômico significativo nos últimos anos. O Paraná tem o 4º PIB do país, seguido do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ou seja, a região sul tem os três estados entre os seis maiores PIBs do país.
SC possui em torno de 70 auditores-fiscais do Trabalho. Com o concurso, esse efetivo pode aumentar em até 50%, ou seja, receber um reforço de mais 35. É o maior concurso da história para Auditor-Fiscal do Trabalho. Mas para chegar lá é preciso muita dedicação, pois são várias disciplinas a serem estudadas.
– A carreira de auditoria federal (Auditor-Fiscal do Trabalho e Auditor-Fiscal da Receita Federal) está entre as que melhor remunera o servidor público do Poder Executivo federal. Dessa forma, é muito difícil para o candidato conseguir uma vaga sem estar muito bem-preparado para as provas – alerta Rubens Patruni Filho.
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Aos 50 anos, Patruni Filho é bacharel em Direito e atua como auditor fiscal. No último concurso de Auditor-Fiscal do Trabalho, em 2013, foram em torno de 15 matérias a serem estudadas. E de todo o ramo do Direito: Direito do Trabalho, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direitos Humanos e até temas como Segurança e Saúde no Trabalho, Legislação Previdenciária, Informática, Raciocínio Lógico, português, dentre outras.
Conforme o auditor, que entrou no serviço público em 2007, é muito difícil para um candidato fazer todo esse estudo sozinho. Para ele, é necessário buscar ajuda especializada em cursos e imersões, pois são muitas horas de estudo e planejamento é fundamental para a aprovação.
– Estudei longos cinco anos, porém, cometi muitos erros ao longo desse tempo. Não tive foco e nem método de estudo, o que me levou a gastar muito tempo até a aprovação. Além disso, já tinha uma família formada e um trabalho que consumia todo o dia. Foram anos de estudo, porém, o final do caminho é recompensador – diz o auditor, que conseguiu uma vaga no Paraná.
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Patruni Filho conta que ao longo de três anos e meio participou de 16 concursos e passou em apenas um deles:
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– A persistência foi minha maior virtude. Como se diz no mundo dos “concurseiros”: “Só não passa quem desiste”.
Patruni Filho conta que nunca teve a vida de servidor público, mas que buscou estabilidade e tranquilidade financeira. Porém, acabou tendo uma grata surpresa com a carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho. Há muitas áreas possíveis para trabalhar e que abarca muitos perfis profissionais. Um deles: um trabalho que atende diretamente a sociedade, na proteção do trabalho de grande parte dos trabalhadores do nosso país.
– Atuamos na prevenção de segurança e saúde no trabalho, no combate ao trabalho infantil, no combate ao trabalho escravo, na inserção de aprendizes no mercado de trabalho, na proteção do trabalho de pessoas com deficiência, na arrecadação do FGTS, dentre outras atribuições. Considero um trabalho é incrível – diz.
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Apaixonado pelo que faz, ele alerta os interessados em prestar concursos para que se busque uma carreira onde haja afinidade com o perfil do candidato. Para ele isso é muito importante, pois de nada adianta ter estabilidade, receber um bom salário e ser infeliz no trabalho.
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– Nesse caso, seria melhor continuar na iniciativa privada onde há mais possibilidade de mobilidade.
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Por fim, faz outra observação importante aos interessados na carreira pública:
– O jovem pode experimentar o trabalho e, se não atender as expectativas, voltar ao mercado de trabalho privado, carregando mais uma experiência no currículo. É importante dizer que se por um lado o serviço público oferece a estabilidade, do outro limita os ganhos financeiros, pois a progressão na carreira é limitada, o que muitas vezes não acontece na iniciativa privada e no empreendedorismo.
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