A morte de pelo menos 230 pessoas em Santa Maria (RS) fez todos os holofotes se voltarem para as casas noturnas no Brasil inteiro. Como em outros estados, os catarinenses se perguntam: como está a estrutura de segurança dos bares, boates e casas de show?

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O Diário Catarinense abre espaço para os donos de casas noturnas mostrarem a situação dos estabelecimentos e os frequentadores poderem saber se podem se divertir com tranquilidade. A primeira é a Fields, que funciona em Florianópolis e é apontada como um dos principais palcos para a música sertaneja em Santa Catarina.

Confira o vídeo da vistoria na casa noturna

O prédio, no Centro da Capital, foi inspecionado pelo engenheiro em Segurança do Trabalho Nelton Baú, que é assessor da presidência do Crea-SC e até o ano passado coordenava a câmara nacional do setor. Ele ficou surpreso de maneira positiva com o aparato existente na Fields. Apenas apontou pequenos ajustes.

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A questão mais visível, as saídas de emergência, não deixam a desejar. Seriam necessárias duas. Há nove: as duas normais de entrada de pessoal e mais sete. O número de extintores atende a demanda, mas o engenheiro faz um alerta. Os equipamentos estão dentro de um vidro para evitar que as pessoas puxem o gatilho.

Baú sugere a colocação de um martelo preso por uma corrente. O extintor que atende ao palco também precisa de melhoria. Ele é correto, de CO2 porque o de água provocaria choque elétrico. Falta apenas estar próximo e não na sala ao lado.

O engenheiro também ficou satisfeito com a instalação de três redes de hidrantes na parte interna e outra, na externa. A única observação é que as mangueiras estavam presas por um plásticos difíceis de serem rompido.

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Ele verificou ainda a existência de detectores de fumaça, alarme de incêndio, placa indicando a capacidade máxima do estabelecimento, sinalização de emergência, pé direto alto, que facilita a respiração em caso de fumaça, e central de gás. O que mais chamou a atenção foi a instalação de para-raios, equipamento que ele acreditava que não iria encontrar em nenhuma casa noturna catarinense.

O gerente da Fields, Anderson Marcio Rosa, lembrou que foi feito o projeto preventivo contra incêndio junto com os bombeiros. Para atender a todas as exigências foram investidos R$ 200 mil e contratados engenheiros de segurança no trabalho.