Ao chegar ao Senado, nesta quarta-feira, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que paralisar a votação de projetos importantes não ajuda o país e pode agravar a crise econômica, além de aumentar o desemprego. A declaração é uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Na terça-feira, Cunha afirmou que haverá uma paralisia no Congresso Nacional até o Senado decidir se a presidente da República, Dilma Rousseff, será ou não afastada do cargo.

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O presidente reiterou que o Senado não parou de trabalhar durante a análise da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara e votou projetos importantes para a retomada do crescimento como o PLS.

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— Não são matérias de governo. São matérias para o país. A paralisação da Câmara não ajuda o Brasil. Esse locaute não ajuda o Brasil. Ele só atrapalha. […] Acho que nesse momento de dificuldade do povo brasileiro cada Casa pretende interagir a sua maneira ou interferir na outra Casa ou ainda paralisar suas ações. É muito ruim porque ninguém vai se beneficiar do agravamento da crise, do aumento do desemprego, do aumento da desesperança — alertou o presidente do Senado.

O presidente Renan Calheiros sublinhou ainda que, uma vez aprovada a admissibilidade do impedimento da presidente Dilma Rousseff, todas as questões e dúvidas sobre o processo deverão ser dirigidas ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Ele também observou que caberá à comissão designada para esse fim ditar o ritmo do processo.

— O Senado não pode atropelar prazos, nem deve fazer isso perante a História — reforçou.

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*Agência Senado