Um casal jovem almoçava na mesa ao lado, num restaurante de hotel. Ela ficou sentada com o filho enquanto ele foi se servir no bufê. Poucos minutos depois o pai estava de volta, com a comida, que era para o bebê.

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– Por que você não colocou um pouquinho de beterraba junto com o feijão? – perguntou a mãe.

– Porque ele não gosta de beterraba. Já tentei dar várias vezes, mas ele cospe tudo fora.

– Ah, eu não sabia.

– Mas em compensação ele adora tomatinho cereja. Quer ver? Olha só!

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E deu um tomatinho pra criança, que se lambuzou toda e, pela cara, adorou. O pai ficou feliz da vida.

A mãe, só comentou:

– Às vezes você parece a mãe e eu o pai. Acho que é porque você passa mais tempo com ele do que eu.

Mais tarde, na piscina, outro casal, em situação bem parecida. A mãe tomava banho de sol estirada na cadeira, e o pai brincava com o bebê na água. Lá pelas tantas, ela largou a revista que folheava e falou:

– Amor, passa protetor no João. Pele de bebê é muito delicada.

– Eu já passei duas vezes, você que nem viu. E já coloquei chapéu e dei suco pra ele também. Daqui a pouco vamos sair da água, porque está começando um ventinho fresco.

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– Mas tá calor, amor.

– É, mas não dá pra abusar. Já pensou se o menino pega uma gripe?

E ainda mais tarde, na sala de jogos, pai e filha, de aparentemente seis anos, jogam sinuca.

– Filha, eu já tô cansado. Deixa o pai ver um pouco de futebol lá no quarto?

– Ah pai, fica só mais um pouquinho…

– Tá bom, tá bom.

Várias partidas depois, a menina arranja uma amiguinha, e aí libera o pai para assistir ao futebol. Quando ele está saindo da sala de jogos, olha para a garotinha e diz:

– Filhota, o papai te ama.

Ela lhe atira um beijo e ele sai.

Três pequenas histórias. Três homens jovens que descobriram o verdadeiro prazer de ser pai, de estar junto, de participar. A palavra paternidade está, de fato, ganhando um novo sentido.