*Por Eduardo Matos

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, comentou nesta quinta-feira (27) um documento da Organização das Nações Unidas (ONU) que inclui Jair Bolsonaro entre os "fracassos de liderança". Para o general, "a ONU se perde em determinadas discussões".

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— A ONU está se perdendo ao longo do tempo. Ela surgiu para manter a paz no mundo. Nós temos um conselho de segurança ainda anacrônico, onde cinco países têm poder permanente e têm veto para tudo — declarou Mourão em rápida entrevista coletiva após cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, desembargador Victor Laus.

O vice-presidente disse, ainda, que "Bolsonaro é um líder reconhecido aqui dentro do nosso país".

— Óbvio que isso aqui é uma democracia, onde tem gente que gosta, tem gente que não gosta — complementou.

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Sobre a operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (27), que resultou na prisão de um assessor do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse que, caso se comprove a culpa do ministro, cabe a Bolsonaro demiti-lo.

— O presidente aguarda o desenlace das investigações e é óbvio que se houver alguma culpabilidade dele (do ministro do Turismo) nesse processo, o presidente não vai ter nenhuma dúvida em substituí-lo — garantiu o general.

No entanto, Mourão disse que é preciso cautela.

— Não vamos linchar a pessoa antes de todos os fatos serem esclarecidos — ponderou.

Em relação à queda na popularidade de Bolsonaro, divulgada em pesquisa CNI nesta quinta-feira, Mourão atribuiu os resultados às reformas e às dificuldades econômicas do momento.

— Pesquisa é pesquisa. Nós temos uma série de reformas para tocar para frente, nós estamos enfrentando uma situação difícil na questão econômica. Então, óbvio que essa queda na popularidade é normal.

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Em relação ao sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) preso com 39kg de cocaína em um avião oficial, Hamilton Mourão voltou a classificar o episódio como "lamentável" e que "aquela tripulação não tem nada que ver com a tripulação do presidente da República".

— Tem um inquérito aberto pela Força Aérea, tem a própria investigação da polícia espanhola que quer saber para quem seria destinada aquela quantidade de droga. E, no nosso caso, é ver se tem algumas outras ligações aqui no Brasil.

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