Sávio Bortolini conhece o futebol como poucos em Santa Catarina, talvez no Brasil e até no mundo. Em 17 anos de carreira como jogador de futebol profissional, foi camisa 10 e ídolo da maior torcida do Brasil e brilhou em conquistas com o maior time do mundo.
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Se Flamengo e Real Madrid já fizeram parte da vida de Sávio, hoje ele defende as cores de um clube mais singelo e não é camisa 10. Desde o dia 27 de novembro, ele é o gestor de futebol do Guarani, de Palhoça.
Depois de rodar o mundo, Sávio resolveu começar, aos 38 anos, o mais novo desafio de sua vida em Florianópolis. No belo apartamento com vista para o mar na Avenida Beira-Mar, em que vive com a esposa Susane e os três filhos, soube da possibilidade de uma parceria envolvendo a empresa de gestão esportiva que possui junto com Renan Dal Zotto.
– Achei a oportunidade perfeita para aplicar meus conhecimentos, que obtive em cursos sobre gestão e empreendedorismo, me utilizando de tudo o que aprendi com o futebol na prática. E assim eu espero ajudar – diz o dirigente Sávio, que passou os últimos dias em reuniões para arranjar novos parceiros para o clube.
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– Estamos fechando com a Unisul, que vai nos oferecer uma estrutura muito boa, com academia, fisiologia, profissionais capacitados para recuperar os atletas. São coisas que o time não tinha. É um grande começo, e a ideia é continuar evoluindo e realizando esse sonho – diz.
Entre uma reunião e outra, Sávio abriu as portas de sua casa e recebeu o DC para falar de seus planos e da expectativa para o início do Campeonato Catarinense de 2013. Com seu jeito tranquilo, ele revelou que o frio na barriga, que sentia antes de entrar no campo, tem voltado a incomodar.
– É muito mais difícil estar atuando fora das quatro linhas, com certeza. Envolve muita coisa e muita responsabilidade. Mas é algo que eu gosto e espero poder crescer nessa outra carreira também – conclui o ex- craque dos campos e, quem sabe, futuro craque do futebol jogado fora dos gramados.
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Confira a entrevista
Diário Catarinense _ Você já morou em cidades como o Rio de Janeiro e Madri. Por que escolheu Florianópolis para viver e abrir seus negócios?
Sávio Bortolini – Desde que me aposentei, em 2010, no Avaí, criei uma identificação com a cidade. Minha família é muito feliz aqui. Meus filhos, que viveram mudando de cidade comigo, se adaptaram a Floripa e não pensam em sair. É uma cidade grande, mas tem tranquilidade e uma qualidade de vida enorme. Tudo isso pesou na decisão.
DC _ E agora você tem sua vida e seus negócios aqui. Como tem sido essa carreira como gestor esportivo no Guarani e a parceria com Renan Dal Zotto?
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Sávio – Estou aprendendo nesta nova função. Sempre gostei de aprender e trabalhar nesta área. Agora eu tenho a oportunidade de usar o conhecimento que adquiri em anos de futebol para começar um novo projeto, um novo desafio. Estou me envolvendo e aprendendo com o Renan Dal Zotto a cada dia. Ele sempre confiou muito em mim e eu nele. Quando ele cogitou essa parceria, disse que só seria possível se fosse comigo, então nós vamos trabalhar em conjunto e passar o que aprendemos para ajudar o clube.
DC _ Qual vai ser o seu papel e qual é a sua expectativa?
Sávio – Eu vou gerir o futebol como um todo. É um desafio, temos muita coisa pra fazer e pouco tempo. Mas nós vamos ser profissionais, responsáveis, não vamos prometer o que não podemos cumprir. Eu acho que nós temos que pensar em etapas e melhorar a cada dia.