Santa Catarina faz parte do grupo de estados brasileiros no qual os serviços de TV por assinatura são promissores. A Capital é a quarta cidade com mais usuários de televisão por assinatura, segundo a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), atrás de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, consecutivamente.

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O Estado também tem número de destaque: está acima da média nacional quando o assunto é a quantidade de pessoas com acesso aos canais pagos, um total de 29% da população catarinense.

De acordo com o presidente da ABTA, Osmar Vicente Simões de Oliveira, o poder aquisitivo de quem mora em Florianópolis contribui para o consumo de televisão por assinatura no município, ainda que o perfil do cliente no país esteja passando por uma mudança, com a classe C sendo a responsável pelo segundo maior número de novos assinantes dos canais pagos, abaixo da classe B.

Perfil dos assinantes

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Em março deste ano, quando foi divulgada a última pesquisa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o serviço, mais de 53 milhões de brasileiros tinham acesso aos canais de TV por assinatura. Para Simões, a expectativa é que o número cresça na mesma proporção do primeiro trimestre.

– De janeiro a março, foram adicionados 600 mil novos assinantes. Acredito que no final de junho, que fechará o próximo trimestre, teremos a adição de outros 600 mil.

Impulsionadas pelo mercado crescente, as programadoras veem no mercado catarinense e brasileiro – que cresceu 31% em relação ao primeiro trimestre do ano passado – uma oportunidade para novos negócios.

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Mauricio Jacob, diretor do Disney Media +, diz que o faturamento da empresa mais do que dobrou nos últimos cinco anos, orçamento que teve o maior crescimento em todo o mundo.

Apesar de considerar o número de usuários de TV por assinatura baixo, especialmente em relação à vizinha Argentina e ao México, Jacob afirma que o mercado brasileiro atualmente é o principal da programadora.

– O consumo da classe C cresceu muito no Brasil, mas a TV por assinatura continua sendo um veículo segmentado.

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Programadoras dinamizam o mercado nacional

Mais do que ampliar os próprios negócios, as programadoras têm dinamizado o mercado audiovisual brasileiro desde que a Lei 12.485 – conhecida como Lei da TV Paga – tornou obrigatória a transmissão de conteúdos nacionais para a TV por assinatura, em setembro do ano passado.

Bianca Amaral, gerente de vendas de propaganda da Fox Internacional Channels Brasil, que possui seis canais pagos no país, lembra que para outubro a programadora irá lançar o seriado Se eu fosse você, baseada no filme nacional que fez sucesso em 2006 e 2009.

– Os atores brasileiros que dependiam da TV aberta terão outra oportunidade de mercado e nós também. Isso vai mudar a TV paga no país.

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