Brincadeiras, atividades recreativas e oficinas sobre saúde serão promovidas pelo jornal “A Notícia” para encerrar a terceira edição do Projeto Joinville Que Queremos neste ano. Cerca de 15 atrações gratuitas estão confirmadas para domingo, a partir das 14 horas, no Complexo Expoville.

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Durante o ano, o projeto divulgou informações sobre cultura e economia para propor uma maneira de pensar o futuro da cidade, com exemplos de iniciativas da própria comunidade. Em sintonia com o tema qualidade de vida, que ilustrou as reportagens desta etapa do projeto, o “A Notícia” promoverá um evento dedicado ao assunto.

Serão oferecidas aulas de tai chi chuan, ioga, alimentação saudável e oficina de atletismo, além de massagem relaxante e painel de fotografias. Para animar as crianças, está garantida a participação de palhaços com oficinas de pintura, escultura com balões, perna de pau e uma pipoqueira. Em caso de chuva forte, o evento será adiado.

Dedicado a quem precisa descansar no domingo para começar bem a semana, serão oferecidas três aulas de tai chi chuan, das 15 às 17 horas, com o professor Claudio Montenegro. Esta arte marcial, de origem milenar no oriente, valoriza os movimentos lentos, que proporcionam o relaxamento do corpo e da mente.

Segundo Montenegro, a sincronia entre a respiração e o movimento proporciona uma boa atividade para o controle do estresse. Por isso, tornou-se uma alternativa para quem está em busca de calma e bem estar. A coreografia leva os praticantes a desenvolver técnicas marciais e, portanto, os mais avançados podem coreografar com espadas e outras armas tradicionais chinesas.

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A evolução depende do objetivo do praticante: se busca o bem estar ou um exercício de caráter esportivo. Diferentemente dos esportes que exigem movimentos rápidos, batimentos acelerados e respiração ofegante, a prática do tai chi chuan se diferencia na maneira como é conduzida.

O alinhamento da postura corporal, o relaxamento dos músculos e a respiração controlada e profunda permitem que o praticante entre num estado de meditação.

A circulação sanguínea se intensifica, há melhor oxigenação, o desenvolvimento do equilíbrio e tonificação da musculatura.

Em termos aeróbicos, meia hora de tai chi chuan equivale ao mesmo tempo de uma caminhada de ritmo médio. No aspecto psíquico, ajuda a melhorar a concentração, memória e a reduzir a ansiedade.

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Hobby muda estilo de vida

Professor há mais de 15 anos, Claudio Montenegro também trabalha como profissional na área de informática. Foi num congresso em São Paulo que ele se apaixonou pelo tai chi chuan e decidiu dedicar-se ao ensino. Lecionar sobre a arte milenar é tanto um hobby quanto um cuidado com a própria saúde.

– Como trabalho com informática, passo bastante tempo sentado na frente do computador, num trabalho repetitivo. Tive problemas de saúde e estresse, então busquei outras atividades, mas nenhuma teve um resultado que me beneficiasse tanto quanto o tai chi – conta.

Ele afirma ter observado o aumento da procura pelas aulas em Joinville. Os interessados surgem principalmente por causa estilo de vida acelerado e problemas de saúde como ansiedade, dores na coluna e nos joelhos.

– É uma arte marcial como o caratê, judô ou jiu-jítsu, mas se diferencia pela forma como é praticada. Dá ênfase ao treinamento básico com movimentos lentos, controlando a movimentação com o relaxamento do corpo. Quando começaram a perceber uma série de benefícios para a saúde física e mental, como o controle do estresse, o tai chi chuan passou a ser procurado como uma prática voltada à saúde, mais do que à arte marcial – explica o professor.

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Programação Joinville Que Queremos

– Aulas de tai chi chuan – 15 às 17h

– Massagem relaxante – 14 às 18h

– Brinquedos – 14 às 16h

– Aulas de ioga – às 15 e às 17h

– Oficina de alimentação saudável – 15 às 17h

– Oficina de atletismo – 16h

– Animação infantil, pintura e escultura com palhaços, perna de pau, oficina de pintura e distribuição de frutas – 14 às 18h

Artigo: Movimento em busca da saúde

Marcos Schossler Andrighetto é coordenador do curso de educação física do Bom Jesus/Ielusc

Saúde, qualidade de vida e bem-estar são, em última análise, o objeto de desejo de todos nós. E para nos mantermos saudáveis ao longo da jornada é preciso uma série de hábitos de vida, como alimentação equilibrada, níveis controlados de estresse, sono de qualidade e atividades de lazer que garantam o equilíbrio entre o esforço e o descanso do corpo e da mente. Contudo, um elemento fundamental nesta fórmula, que de mágica nada tem, é sem dúvida o movimento, que podemos traduzir como atividade física.

É unanimidade entre os profissionais da saúde que sem movimento o corpo não consegue se manter saudável, e através dele, inclusive, podemos nos resguardar, prevenir ou evitar uma série de enfermidades, muitas das quais guardam relação direta com o sedentarismo.

Bom, até aqui eu imagino que o leitor deva estar pensando: qual a novidade? Sim, as afirmações colocadas acima já são de domínio público. É preciso ressaltar, entretanto, que a simples informação não é capaz de gerar mudança de comportamento, ou seja, as pessoas só irão se envolver com o movimento se tiverem prazer, se gostarem das atividades. Parece óbvio, mas para gostarmos de qualquer atividade é preciso pelo menos conhecê-la, ter a oportunidade de experimentar.

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É notório o aumento do número de pessoas que procura por academias, praças, pistas de caminhada e outros locais que possibilitem a prática de atividades físicas. Por outro lado, também é grande o número de pessoas que desistem, muitas vezes por falta de adequada orientação. A consequência desse quadro é o aumento da responsabilidade do profissional da educação física, que deve assumir o papel de responsável direto pela função de orientar as pessoas nesse campo.

No caso do licenciado, que escolheu a carreira docente, talvez esta responsabilidade seja ainda maior, já que o público-alvo são crianças e adolescentes em idade escolar, que têm uma afinidade natural com a atividade física e, portanto, se forem corretamente orientados, têm boas chances de se apaixonar por alguma prática. Este talvez seja o objetivo principal do professor de educação física da escola.

No caso do bacharel, cujo público-alvo geralmente é composto por adultos, o objetivo continua sendo de proporcionar o encantamento, mas neste caso a tarefa se torna mais difícil, pois o “aluno” ou “cliente” o procura quase sempre “por obrigação”. Independentemente da área de atuação, o profissional precisa estar consciente da importância de desempenhar seu papel com excelência, o que só vai acontecer se tiver uma formação de qualidade.