O secretário da Segurança Pública em Santa Catarina, César Grubba, detalhou a proposta da agenda nacional da área que sugeriu na abertura da 12ª conferência da Associação Internacional dos Chefes de Polícia (IACP), nesta quinta-feira, em Florianópolis.
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Em entrevista ao Diário Catarinense, Grubba também falou sobre drogas e as mortes ocorridas este ano em confrontos com as polícias, cujo índice aumentou 72% este ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em 2014, até a semana passada, o número de mortes em confrontos policiais chegava a 62. No mesmo período de 2013 foram 36.
Diário Catarinense – Como pode avançar essa agenda nacional da segurança pública?
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César Grubba – Conversando com os secretários de segurança pública em torno de uma mesma agenda, de um mesmo propósito, abraçados com os comandantes-gerais das polícias militares e os delegados-gerais das polícias civil e todas as pessoas que pensam a segurança pública no dia a dia.
DC – O que o senhor elencaria como prioridade nesse momento?
Grubba – São várias, o combate às drogas – de pensarmos essa questão que se procura legalizá-las – que são o grande flagelo da humanidade, o desarmamento – temos feito operações em conjunto -, e a mudança da legislação penal brasileira.
DC – O senhor é a favor da legalização de alguma droga?
Grubba – Sou contra. O uso das drogas só em casos medicinais, fora isso sou absolutamente contra.
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DC – E a questão das mortes em SC em confrontos com as polícias (houve aumento de 73% este ano em relação ao mesmo período do ano passado). O que está acontecendo?
Grubba – Ultrapassamos todo o número de mortos em confronto policial do ano passado. O bandido está mais ousado, mais armado e está indo para o confronto. A PM, a Civil e a Deic, dão voz de prisão e eles vêm ao confronto. A nossa polícia tem que responder a altura. Importante é que o tombamento ocorra no lado de lá, do criminoso e não do policial.
DC – Nas redes sociais a população fala que bandido bom é bandido morto. O que acha disso?
Grubba – O ideal não seria isso, e sim a prisão do bandido, cumprimento de pena e a ressocialização, mas nem sempre isso é possível. Com o aumento da criminalidade, a população se sente insegura e essa é uma forma de manifestação.
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