Francisco Batista Neto foi reeleito por aclamação para a presidência do Clube Brasil. Nenhuma novidade. Na discussão sobre a Série B do Campeonato Brasileiro, a surpresa: o Avaí apresentou um documento, através de seu presidente, Flávio Félix, para que fosse enviado à CBF sugerindo a manutenção de 48 clubes, definidos pela própria entidade em conjunto com a televisão, Clube dos 13 e Clube Brasil. Traduzindo: como a Série A foi de 26 para 28 clubes, subindo para a elite Juventude e São Caetano, a pedido do Ministro dos Esportes, Carlos Melles, o Avaí sugeriu que a Série B ficasse então em 20 clubes, para fechar tudo no 48.

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Emoção encaminhada Há uma reação interessante dos clubes mais cobrados pela mídia por ostentarem o status de “clube grande”. O Figueirense só pode ser alcançado na segunda posição pelo Criciúma. Uma grande reação. O próprio Tigre passou bem pela revelação que é o Inter, de Lages. O Joinville, com o reforço de Adão e Artur Neto, desmontou o Kindermann, outro time que costuma complicar. E o Avaí, aos trancos e barrancos, bateu o Atlético. No segundo turno, haja emoção. Até a Chapecoense conseguiu seu primeiro ponto e logo sobre o campeão antecipado, o Tubarão.

A posição dos clubes Os clubes assinaram a proposição avaiana. Em posição incômoda ficou o Juventude, que esta subindo para a Série A e pertence ao Clube Brasil. O presidente do clube gaúcho usou a palavra e definiu a situação: “O Juventude apóia qualquer posição do Clube Brasil, desde que seja por unanimidade”. Saiu e não assinou o documento, mas ficou no ar a sua palavra. E foi por unanimidade. Todos os demais clubes assinaram a moção.

Sinuca de bico Moral da história: o documento foi envido por fax à CBF e hoje será sacramentado por alguém do Clube Brasil, no Rio de Janeiro. O Clube Brasil ficou numa sinuca de dois bicos. Havia anteriormente enviado um documento à entidade pedindo 22 clubes e então não sabia que dois filiados seus subiriam para a Série A. Com que cara fica agora para reivindicar apenas 20 clubes, perdendo duas vagas? A intenção do Avaí é evitar o ingresso do Figueirense na Série B, sem ter classificado na Série C.

Pizza gigante Por que o Figueirense na Série B? Pelo critério técnico do Campeonato Nacional de 1999. Subiram os classificados da Série C até o quarto lugar, pela classificação daquele ano. Agora estão sobrando duas vagas para completar os 22 da Série B. A CBF está chamando o quinto e sexto colocado daquele ano que foram Caxias e Figueirense, respectivamente. Ao assinar o documento, os clubes foram advertidos sobre a briga que estavam comprando com o presidente Ricardo Teixeira. Toparam a parada. Será hoje a decisão? Acho que vai terminar tudo numa pizza gigante.

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Idéias O Figueirense se aproxima do Tubarão na tabela. Se o Alto Vale desiste hoje do campeonato, o Tubarão ainda assim seria o campeão do turno. Perderia três pontos que ganhou e o Figueirense também perderia um do Atlético. Na vitória de sábado em Itajaí, comprovei uma opinião que defendo: o time do Marcílio é muito inferior ao do ano passado. O Internacional despencou em Criciúma e a Chapecoense fez seu primeiro ponto no campeonato.

Positivo Gostei do que vi. O estádio do Marcílio Dias está um brinco. Bem como a tradição do clube merece. Limpo, cuidado, dependências da imprensa em condições de trabalho, enfim, uma beleza o Estádio Dr. Hercílio Luz.

Negativo O presidente do Clube Brasil, Francisco Batista Neto, ofereceu jantar a seus filiados na sexta-feira à noite em sua residência. Único ausente: o presidente do Avaí, Flávio Félix. Decidiu não comparecer quando soube que o presidente do Figueirense havia confirmado presença. Perde o futebol um momento importante para uma boa conversa, deixando para dentro de campo a tal da rivalidade. Lamentável!