Logo na chegada ao Costão do Santinho as informações começam a se desencontrar. Na recepção “ninguém” sabe que Luiz Felipe Scolari está no prédio. Já a equipe de segurança do local despista:
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– Ele esteve aí para um evento que encerrou ontem (quinta-feira) à noite junto a Chitãozinho e Xororó e Minotauro (em referência a outra cerimônia de uma outra empresa), mas já foi embora.
Pelos arredores do resort, porém, a presença do técnico que teria vindo ministrar uma palestra motivacional na tarde de ontem, um dia antes de completar 65 anos, era o assunto principal.
A assessoria do técnico da Seleção Brasileira disse não ter nada a declarar sobre a vinda de Felipão. As equipes de segurança, recepção e assessoria de marketing do Costão do Santinho receberam ordens expressas para manter a vinda do técnico em sigilo. Nem os eventos agendados para a tarde foram revelados. O que se sabe é que Felipão chegou a Florianópolis por volta das 13h e, atrasado para o almoço, recebeu uma refeição especial no restaurante de comida italiana Trattoria di Mare, localizado no próprio resort. Para acompanhar a refeição, o técnico teria pedido uma caipirinha com “bastante açúcar”. Na sequência, teria ministrado a palestra a convite de um laboratório, quando foi fotografado. A dúvida que existia ontem à noite é se o técnico teria esticado sua vinda para comemorar o aniversário na Ilha. Mas às 22h um amigo pessoal confirmou que o treinador da Seleção deixou a Capital por volta das 18h.
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O esquema de segurança montado no Costão do Santinho para a vinda de Luiz Felipe pode ter servido de treinamento para a equipe de funcionários do resort, que de 18 a 20 de fevereiro irá receber os técnicos das 32 Seleções classificadas para o Mundial 2014, no Congresso Técnico da Copa do Mundo. Apesar do coordenador de segurança do local, Valdenesio Sagaz, afirmar não ter tido conhecimento sobre a presença de Felipão, a equipe de seguranças tentou a todo momento despistar a imprensa.
Ao mesmo tempo em que a equipe negava a presença do técnico, monitorava os jornalistas através de câmeras e comunicava todos os movimentos via telefone. Cada porta de acesso ao local recebeu um vigilante, inclusive a do Centro Internacional de Eventos (CIE), onde o técnico teria palestrado. Todos negaram informações e um deles pediu reforços, foi quando o chefe da segurança disse que sua equipe estava “realizando uma atividade rotineira”.
Colaborou André Podiacki