A ministra (Direitos Humanos) questiona se o Brasil está sendo justo com ela. Tudo porque quer o privilegio de acumular os salários de ministra com o de desembargadora aposentada. Um deboche, diante da crise dos cofres públicos e do discurso de esforço fiscal repetido pela equipe econômica do governo do qual ela mesma faz parte.
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Luislinda é mais um ministro de Michel Temer que fala o que não deve. Dessa vez, porém, um posicionamento revelador do pensamento de uma elite acostumada a acumular salários, vantagens, regalias, tudo com dinheiro público. No mesmo barco estão os auxílios-moradia, carros oficiais, viagens a passeio ao Exterior e incontáveis assessores. No caso específico, a lei do teto estabelece os vencimentos de um ministro do Supremo Tribunal Federal como limite, que é de R$ 33,7 mil. Um projeto já aprovado no Senado reforça essa regra, criada para evitar abusos. Luislinda, como ministra, deveria rever com urgência o seu critério de justiça. Com a repercussão negativa, o ministério dos Direitos Humanos informou que a ministra desistiu de receber acima do teto e pediu o arquivamento da solicitação.
Previdência
Integrante da tropa de choque de Temer, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) esteve reunido com o ministroHenrique Meirelles (Fazenda) e o Secretário de Previdência, Marcelo Caetano. Ficou acertado que a ideia é trabalhar para convencer os parlamentares a votarem o texto-base aprovado na comissão especial da reforma da Previdência que prevê, por exemplo, idade mínima para aposentadoria.
– Nós temos que insistir que ela seja votada ainda este ano. Não é uma tarefa fácil, mas não chega a ser impossível, acredita Marun.
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Encrencado
O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) acusou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de errar gravemente ao afirmar que “é fato incontroverso” que ele recebeu R$ 500 mil da Odebrecht para a campanha ao Senado. O valor não foi declarado na prestação de contas de Aloysio. Para Dodge falta apurar se o recurso era pra pagamento de propina ou Caixa 2.