O Brasil vive uma crise política, econômica, moral, institucional como nunca antes foi divulgado. O desânimo toma conta dos brasileiros, pois a cada dia é noticiado um fato novo apontando para mais um ato de corrupção ou de tentativa de negociatas para salvar os envolvidos. Não há mais crença nos membros do Executivo e do Legislativo e, para aumentar mais o desespero, o Judiciário também tem sua credibilidade abalada, com bate-bocas até entre ministros dos tribunais superiores. Parece que não há luz no fim do túnel.
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As discussões que se processam são carregadas de casuísmos, procurando-se nomes que possam nos levar à salvação. Procura-se um salvador da pátria, que não é encontrado. Nomes, nomes e nomes que, sinceramente, não alcançam a credibilidade almejada pelo cidadão honesto e trabalhador de nosso país.
Devemos mudar a estrutura do Estado. Parlamentarismo? Constituinte originária? Rever a forma de nomeação de novos ministros no Judiciário? Alguns querem devolver o governo aos militares, outros reclamam por ações da maçonaria, como se fossem instituições que pudessem nos salvar.
O fato é que medidas emergenciais devem ser apresentadas de imediato, restabelecendo a esperança. Entidades representativas poderiam assumir a responsabilidade da convocação de cientistas políticos, filósofos, sociólogos e outros de notável saber para que discutam abertamente, com a participação de interessados, na busca de alternativas.
Cito, para exemplificar, o Instituto dos Advogados de SC, a Academia Catarinense de Letras Jurídicas, a OAB/SC, a Fiesc, o Sinduscom e a Acif, dentre outras, com a indispensável participação dos órgãos da imprensa.
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Já está mais do que na hora de reunir pensadores que possam oferecer alternativas, envolvendo as mais representativas e acreditadas associações. É possível. Busquemos alternativas e façamos pressão para que sejam implantadas. A apatia é um perigo, pois através dela se perpetuará a presente situação. Coragem e mãos à obra.
*Ricardo José da Rosa é advogado e vive em Florianópolis
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