Mudei para Floripa no fim de 1999, quando um campeonato foi transferido da Praia Mole para o Riozinho, no Campeche, lugar que tem uma onda longa, lendária e pouco surfada até aquele momento. Tive a oportunidade de surfar o swell que rolou na competição e, após aquele surfe, fui fisgado por aquela onda. Já tinha surfado no pico em 1995, se não me engano, quando rolou um eclipse de dia. Era bem moleque, mas fiquei encantado com as ondas e com o dia que virou noite por alguns minutos. Depois dessas duas sessões de surfe mágicas no pico, acabei me mudando para Floripa, cidade da minha mulher.
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A onda do Riozinho virou a minha preferida da Ilha desde o começo. Como o Campeche tem muitos surfistas locais e está sempre lotado, eu acabei me especializando nessa, que surge no fim da bancada, onde é mais tranquilo para pegar uma onda grande de série. Isso quando o mar está com bom tamanho. Em compensação, ela é mais pesada, rápida e muito mais cavada. Não perdoa erros quando está acima de cinco pés, pois a bancada de areia é rasa demais.
O Riozinho é meu pico preferido e, quando a onda quebra da forma certa, é adrenalina pura e tubos de lavar a alma.
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