O nome dele liga a Ilha ao Continente. Em um pequeno quarto, transformado em escritório, dentro do apartamento onde vive com a família em Florianópolis, Colombo Salles, engenheiro e ex-governador de Santa Catarina, passa a maior parte do tempo.

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Dezenas de diplomas, certificados e livros cobrem por completo as paredes do cômodo. Na mesa, fotos de família, papéis e mais livros. A impressão é de que falta espaço para abrigar tantas histórias e conquistas de quase 86 anos de vida. Nascido em Laguna, veio criança morar em Florianópolis. A primeira coisa que lhe chamou a atenção foi a ponte Hercílio Luz:

– Mais do que uma ponte, era um monumento que atraía os olhares de todos. Eu gostava de descer do carro e cruzá-la a pé.

Durante o mandato, de 1971 até 1975, Colombo Salles encontrou outra Florianópolis, pouco desenvolvida e, segundo ele, “uma cidade pacata e serena, onde todos se conheciam”. Foi dele a ideia de construir uma segunda ponte. A obra foi motivada pela preocupação com as condições estruturais da Hercílio Luz. Pontes pênseis com o mesmo modelo de construção haviam apresentado sérios problemas nos EUA. Por isso, era preciso garantir outra alternativa de descolamento. Em 1975, a ponte de concreto Colombo Salles seria inaugurada.

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Em casa, Colombo Salles gosta de estar perto da família, sai pouco e se diverte com a presença do bisneto Gabriel, de sete meses. Mesmo afastado da política, lê diariamente os jornais e gosta de saber os rumos da cidade que escolheu para construir a vida.

– Florianópolis é muito peculiar em sua geografia, na gentileza do povo. Cresceu, e isso trouxe coisas boas e ruins, como o trânsito, a violência, a ambição exagerada que ignora o meio ambiente.