A partir de terça-feira, a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) começará a reposição das placas indicativas de balneabilidade destruídas por vandalismo ou maré alta no Estado. No primeiro momento, 66 serão instaladas de um total de 219 previstas no litoral catarinense.
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A medida se torna ainda mais essencial diante do último relatório de balneabilidade divulgado pela Fatma, na sexta-feira, em que ficou evidenciado o aumento de 27 pontos considerados impróprios para o banho no litoral catarinense — ao todo 95 dos 214 lugares analisados foram considerados ruins. O mesmo relatório apontou 119 pontos próprios para o banho.
O gerente de pesquisa e análise da qualidade ambiental da Fatma, Oscar João Vasques Filho, afirmou que a grande intensidade de chuva na semana passada levou a esse panorama (leia abaixo). Ás aguas, segundo a Fatma, acabam levando os resíduos para a praia.
Lagoa da Conceição, em Florianópolis, é um dos pontos em que houve piora significativa da balneabilidade. Cinco pontos passaram de próprios para impróprios para o banho na Lagoa.
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Na análise geral dos pontos, a perspectiva do gerente é que a quantidade dos locais ruins diminua se não houver nova enxurrada como aconteceu na semana passada. O relatório completo dos pontos pode ser visto no site da Fatma (www.fatma.sc.gov.br) ou no aplicativo Praias SC, disponível para Android. Confira a entrevista do gerente da Fatma dada por telefone neste domingo:
Entrevista: Oscar João Vasques Filho, gerente de pesquisa e análise da qualidade ambiental
Quase metade dos pontos foram considerados impróprios. Isso naturalmente é preocupante?
Esse serviço é de utilidade pública. A colocação dos pontos nos balneários já é técnica, onde existe probabilidade de dar algum problema. Seria muito fácil colocarmos na praia do Moçambique, em Florianópolis, que vai dar eterno próprio porque lá não tem problema nenhum. A preocupação é que a gente está mostrando onde a população nesse momento não pode utilizar e procure outro ponto para esteja próprio e que não tenha problema de saúde, de pele, diarreia.
Atribuem à chuva essencialmente ou há mais fatores?
Só a chuva. A intensidade foi muito grande, elevada para balneários.
O senhor poderia destacar alguns pontos que pioraram?
Canasvieiras, em Florianópolis, permanece igual. Dos oito pontos, cinco estão bons e três estão ruins. O que piorou muito foi a Lagoa da Conceição: cinco pontos de próprios passaram para impróprios, justamente por esse problema. A Lagoa não tem forma do mar limpar. Vai ter que dar uma maré cheia para limpar a água porque é muito mais parada.
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Acredita que no próximo relatório deverá haver melhoria nos pontos se a chuva parar?
Se a chuva parar a possibilidade é bem grande, mas não posso garantir isso. A minha perspectiva é que melhore bastante.
A Fatma fala em vandalismo em placas indicativas nas praias. Elas serão substituídas?
Sim. No final do ano ainda tivemos perdas por causa da maré alta, aquela ressaca. Estamos repondo a partir de terça-feira, 66 placas serão repostas. No total serão 219 placas repostas.