A inovação de forma mais ampla deve ser almejada a partir de uma relação ecossistêmica que envolva os processos produtivos, meios e modos de vida e as formas de uso e ocupação dos espaços. Nessas perspectivas, necessitamos de uma Joinville mais inteligente e sustentável no que se refere ao planejamento urbano.

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Nesse caminho, temos que integrar criatividade, consciência ambiental e o uso das tecnologias disponíveis. Para tanto, devemos entender que a qualidade ambiental de uma cidade está associada às relações socioambientais, movimentos interativos de uso da terra, circulação de pessoas e mercadorias e as transformações espaciotemporais.

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A criatividade, componente fundamental na evolução da espécie humana, requer mentes criativas engajadas em problemas essenciais para acharmos as melhores soluções. Só para citar alguns exemplos, em Joinville precisamos ser criativos para solucionarmos os problemas de mobilidade urbana, saneamento básico, atendimento à saúde humana, equilíbrio ecológico e para a promoção de melhores oportunidades de mercado e trabalho.

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Aliada aos processos criativos está o planejamento urbano com consciência ambiental. Para tanto, a criatividade com consciência ambiental deve dimensionar as complexas relações existentes na nossa cidade. Por exemplo, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) identifica como cidades mais prósperas as que, nos processos decisórios e na aplicação de políticas públicas, são eficientes na melhoria das dimensões: qualidade de vida, inclusão e equidade social, sustentabilidade ambiental, infraestrutura e produtividade. Dimensões que devemos e podemos melhorar em diversos aspectos para termos a Joinville que queremos. Devemos ter a percepção de que ainda estamos em processo de urbanização e industrialização e, portanto, de mudanças. Ao mesmo tempo, temos uma realidade complexa, com aspectos positivos ou negativos.

Para finalizar, trago como componente essencial o uso das tecnologias. Cidades sustentáveis apresentam sistemas inteligentes de circulação e comunicação que tornam os processos mais eficientes e sustentáveis quando aliados, de maneira criativa, à consciência ambiental. Então, qual Joinville queremos? Uma que resulte de processos criativos, sustentáveis e com o uso adequado das tecnologias existentes. Uma agenda democrática com esses engajamentos coloca a inovação como recurso, meio e fim para uma cidade mais inteligente e, consequentemente, mais inclusiva e com melhor qualidade de vida.