Parte dos pequenos e raros objetos ficarão expostos no Museu da Cerveja de Blumenau até 31 de outubro

Começou como um passatempo e agora até rende um dinheiro extra. Para muitos, as miniaturas de motos feitas pelo catarinense José Geraldo Reis Pfau, 74 anos, são verdadeiras obras de arte, já que o aposentado usa apenas relógios que foram descartados e grandes doses de criatividade para construí-las. Em um dos quartos da casa onde mora em Blumenau, falta espaço para tanto talento. Nos últimos anos, ele criou mais de 500 pequenos veículos (veja fotos abaixo).

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Pfau está expondo cerca de 50 peças no Museu da Cerveja, em Blumenau — ingressos para visitação para essa e outras atrações do espaço podem ser adquiridos neste link. Porém, já ultrapassou fronteiras com o hobby que começou há 24 anos, quando o publicitário decidiu se aposentar. Foi entrevistado por portugueses, o que rendeu seis páginas em uma revista sobre relógios do país, e fez vendas para visitantes estrangeiros, como um grupo de motociclistas espanhois que esteve em Santa Catarina.

— É curioso porque na Europa os relógios são joias que passam de geração para geração. Para os brasileiros é apenas um acessório — comenta Pfau.

O blumenauense conta que quando decidiu desenvolver a nova habilidade, no final dos anos 1990, compartilhou a novidade com amigos. Um deles, dono de uma relojoaria do Centro, deu um empurrão ao entregar um enorme saco com relógios usados. À época, a loja dava descontos para quem deixasse o acessório em troca de um novo. Foi um caminho sem volta.

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Inspirado em fotografias de motos, Pfau começou a coleção que não demorou a ganhar fama. Algumas miniaturas são temáticas, mas todas têm em comum a “regra” de possuir como peças apenas o que veio dos relógios doados. Obviamente que cola e tinta são as únicas exceções. Com a prática que adquiriu nas últimas décadas, basta um fim de semana para que uma nova obra de arte surja.

As verdadeiras “joias”, como ele chama, são formadas por máquinas de relógios que se transformam em motores, pulseiras que viram assentos, fivelas que se tornam guidões e assim por diante. Aço, prata, metal, couro, vidro, ouro… Tudo é matéria-prima das motocicletas que já “percorreram” todos os continentes através da internet.

Quando chegou a um número muito elevado de miniaturas, Pfau fez um e-commerce para vendê-las. Estressou-se com o trabalho que a ideia deu e agora prefere negociar apenas no boca a boca. As mais simples custam R$ 250. As maiores e mais complexas, R$ 450. Interessados podem entrar em contato com o próprio artista pelo 47 99652-9476.

O foco do publicitário, no entanto, não é fazer fortuna. O que ele gosta mesmo é de expor as artes em shoppings e eventos. Para isso, vai a outras cidades e Estados. Viajar, incentivar a criatividade e ver o encantamento das pessoas é a moeda mais valiosa que as miniaturas trazem.

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A incrível coleção do catarinense que transforma relógios em miniaturas de motos; FOTOS

Veja fotos das miniaturas

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