As questões voltadas ao envelhecimento populacional, mercado de trabalho e empreendedorismo têm sido foco de amplo debate. A população idosa é composta por pessoas independentes que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico e permanecem economicamente ativas, mas também por aquelas incapazes de lidar com as atividades básicas do dia a dia e que possuem ou não rendimento próprio. 

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É sabido que a aposentadoria pode repercutir de forma positiva ou negativa na vida das pessoas. No primeiro caso, proporciona uma reorganização da vida por oferecer ao idoso a atividade, tanto física quanto intelectual; no segundo, pode influenciar a estrutura psíquica do indivíduo, causando redução de sua qualidade de vida e empobrecendo suas redes sociais e atividades cotidianas, além de muitas vezes ocasionar uma redução na renda.

A permanência no mercado de trabalho é mais importante pelo sentido de utilidade e inserção social do que pela renda. A fim de minimizar as perdas ocasionadas pela aposentadoria e permanecer economicamente ativo, muitos idosos vêm optando pela reinserção no mercado de trabalho. 

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Sabe-se, porém, que nem sempre esse mercado está preparado para recebê-lo, seja por preconceitos relacionados à questão etária, considerando-o incapaz e inapto para o desenvolvimento das atividades, ou por barreiras culturais relacionadas às diferenças de opiniões e valores entre idosos e jovens. 

Durante a pandemia de Covid-19, idosos e aposentados que não estavam mais tão atuantes no mercado de trabalho voltaram à ativa. Outros usaram recursos que estavam em carteiras de poupanças para investir em novos mercados e negócios, na perspectiva de se sentirem mais motivados. Isso fez com que que melhorassem até na saúde, por conta de vários aspectos como auxílio para manter os grupos de amizade, independência financeira, flexibilidade de horário por serem proprietários de seu empreendimento.

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Os idosos oferecem ao mercado de trabalho profissionais experientes, altamente qualificados, além do conhecimento técnico e científico com capacidade de criar e executar. Percebe-se que ao mesmo tempo em que vivenciavam desafios, o benefício psicológico de se sentir ativo e produtivo parece superar as dificuldades enfrentadas. A integração social e a existência de uma esfera de amizade ativa para os idosos é um importante indicador da socialização dos idosos no meio urbano. 

As amizades juntamente com a inserção em círculos sociais para os idosos indicam afinidades e escolhas que podem ser feitas nessa fase da vida, e não somente na juventude. 

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Dessa forma comprova-se que o que realmente determina a qualidade de vida do idoso é sua autonomia, sua capacidade de escolher e realizar o que deseja. Pode-se considerar uma pessoa da terceira idade saudável quando é capaz de gerir sua própria vida e determinar quando, onde e como ocorrerão suas atividades de lazer, convívio social e trabalho. 

*Por Malvina Juliane Ribeiro – Agente Local de Inovação do Sebrae/SC.

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