Desde que a crise de 2008 acabou, a indústria brasileira parou de crescer. Já representamos 2,5% do produto manufaturado do mundo. Hoje apenas 1,7%. Isso demonstra que nossa indústria está perdendo em competitividade. Como faremos para enfrentarmos uma concorrência externa? Competitividade e crescimento econômico são a resposta.

Continua depois da publicidade

Para ter crescimento econômico tem que ter investimento. O Brasil investe 18% do PIB. A China investe 40%. Peru e o Chile, investem 27% e têm crescido em média de 6%. Nós, apenas 2%. Para sermos competitivos precisamos de infraestrutura, que vai da energia à logística, passa pela educação até a ciência e tecnologia, mas sobretudo pela carga tributária, que no Brasil é de 37% mais déficit nominal de 3%. No México é de 23%; no Chile, 27%; e nos EUA, 32%. Como vamos competir?

Ainda temos o problema do abastecimento de energia. Há atrasos na entrada de operação de usinas e linhas de distribuição. Algumas distribuidoras estão recorrendo ao mercado paralelo, pagando em torno de R$ 880 MWH. Quatro vezes mais do que no mercado regulado. Mesmo tendo 80% da energia gerada por hidrelétrica, que é uma fonte mais barata.

O custo logístico brasileiro é de 19% do PIB. Nos países desenvolvidos não ultrapassa 8%. O investimento necessário para tornar nossa logística competitiva seria de R$ 600 bilhões, mas o orçamento anual do Ministério dos Transportes é de R$ 15 bilhões. Com essa defasagem, quanto tempo levaríamos para resolver o problema da infraestrutura sem investimento privado?

Os países de maior crescimento econômico investem em educação, para que as pessoas dominem os processos. No Brasil, 37% dos alunos que terminam o ensino básico sabem o suficiente de português e apenas 11% de matemática. Como vamos desenvolver ciência e tecnologia sem conhecer matemática?

Continua depois da publicidade