Cidade mais antiga da América – Francisco Hernández de Córdoba fundou-a em 1524 – Granada foi capital da Nicarágua e sofreu nas mãos do britânico William Walker no século 19. Walker pôs fogo na cidade em 1857. É possível dizer que algumas brasas ainda queimam em paredes de prédios da cidade. As marcas estão lá. Mas não é só a loucura inglesa que está presente nas ruas de Granada.

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A arquitetura e a religião espanhola são fáceis de identificar nas fachadas das casas. Pequena, a cidade pode ser conhecida, se você tiver disposição para caminhar, em um dia. Saia cedo e comece por uma volta ao redor da praça Central. Ali, localizam-se a catedral, pintada num amarelo-ouro que resplandece ao cair da tarde com os raios de sol vindos do lago Cocibolca. Há ainda os hotéis de luxo, o Paço Municipal – espécie de prefeitura – as charretes e o Centro Cultural Casa de Três Mundos.

Você encontrará cerâmicas ( artesanato típico do país) bonitas e baratas, além de descansar sob as sombras das árvores, uma vez que o calor, especialmente entre julho e setembro, beira os 35° C. Além de máquina fotográfica, é bom levar água, boné e protetor solar.

Natureza em estado bruto

O Parque Nacional do Vulcão Masaya está a apenas 20 minutos do Centro de Manágua. Pagam-se 80 córdobas para entrar. Um dólar é equivalente a cerca de 20 córdobas. Dentro do parque, com aproximadamente 54 quilômetros quadrados, pode-se fazer trilhas por terrenos de pura lava vulcânica, visitar um museu que conta a história do parque e obter uma bela explicação sobre vulcões. O mais interessante é chegar à cratera do vulcão Masaya, ativo e fumegante.

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Visitar um vulcão é diferente de tudo o que já se viu. Ouvir a terra tremer e ver a expulsão de gases são algo que fica registrado não só na lente da máquina fotográfica. A última grande erupção ocorreu em 2001, e a lava chegou quase até o aeroporto.

Saindo do parque, uma das opções é ir até a Laguna de Apoyo, intocada pelo homem. Do mirante, pode-se enxergar o vulcão Mombacho e a cidade de Granada. Mas o melhor mesmo é descer o morro, chegar até a lagoa, entrar na água, morna e limpa, e dar um belo mergulho.

O local é frequentado por moradores da região de Masaya, Granada e turistas. Quiosques localizados na beira da lagoa servem bebidas e petiscos. Imperdível também é conhecer o lago Cocibolca. Ele é o maior da América Central e o segundo do continente americano, ficando atrás apenas do lago Titicaca. É possível fazer passeios de barco pelas ilhas, a maioria de propriedade particular, que ficam no lago.

Destaque para a ilha dos Macacos, de propriedade de um veterinário que deixou quatro macacos num pequeno pedaço de terra. Os condutores dos barcos conhecem os macacos pelo nome, eles vêm até o barco, pode-se pegá-los no colo e tirar fotos.

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Acervo sacro é um tesouro

Visite as igrejas de São Francisco, Guadalupe, Mercedes e Xalteva. Perto da praça Central, a Igreja São Francisco e o Museu Convento de São Francisco são monumentos imponentes, mas de fachada simples e rústica. Guadalupe fica no final da rua La Calzada, local que concentra a maioria dos bares e restaurantes para turistas, com mesas na rua, música ao vivo e comida típica. Mercedes fica para o lado sul da cidade, em direção oposta ao lago. É, sem dúvida, a mais bonita. A igreja foi incendiada em 1857 e ainda está em fase de recuperação. Pode-se subir até o campanário e de lá avistar toda a cidade, cercada pelo lago Cocibolca e pelo vulcão Mombacho.

A presença da religião católica está impressa na cultura nicaraguense. Toda primeira sexta-feira de cada mês, as famílias que desejarem podem receber o Corpus Christi nas suas casas com missas rezadas em latim.