Disco lançado por grande gravadora, suporte empresarial, música em novela, aparição em rede nacional de televisão. O que toda banda sonhava – algumas ainda sonham – na virada das décadas de 80 para 90 foi a realidade da catarinense Stryx durante o curto período em que flertou com o estrelato.
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Apresentação no programa Mara Maravilha
Em dois anos, o grupo estreou com LP lançado pela CBS (atual Sony), era empresariado pela Renato Aragão Produções, emplacou Estou de Volta na trilha do folhetim Araponga e dublou o sucesso Nu de Corpo e Alma em programas como Xou da Xuxa e Mara Maravilha.
Apresentação no Xou da XUXA está no You Tube:
A história do quinteto Kromo começou a mudar em 1989, quando o vocalista Marco e o baterista Emerson foram para o Rio de Janeiro tentar a sorte com uma fita demo. O material interessou ao diretor artístico da CBS, Sérgio Lopes. Convidados por ele, no início de 1990 os cinco (os dois mais os três integrantes que haviam ficado em Florianópolis) estavam de volta ao Rio para um teste.
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Também seriam avaliados o ex-Mutantes Sérgio Dias, Lenine e Cidade Negra. O grupo de reggae e o Kromo foram contratados. No caso dos catarinenses, sob duas condições: o nome mudaria para Stryx e todas as composições e arranjos seriam de Ricardo Leão e Victor Chicri.
Era a época das boybands, impulsionada pelo sucesso do New Kids on the Block. A agência de Renato Aragão viu no Stryx a oportunidade de ampliar seu leque de produtos nessa linha, que já contava com os cantores Conrado e Nill.
O quinteto mudou-se para um quarto-e-sala em Ipanema e, depois, para um apartamento de três quartos no Jardim de Alá. A rotina consistia em encontros na casa de Chicri ou de Leão para ensaiar as novas músicas que entrariam no disco.
Em 12 de abril de 1991, finalmente saiu o LP, com direito a press-release escrito pelo medalhão da bossa nova Ronaldo Bôscoli. A partir daí, tudo aconteceu muito rápido. No dia 19 de maio, o grupo estreou em cadeia nacional em Os Trapalhões.
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Em 12 de julho, desembarcou em Florianópolis para o primeiro show na cidade como Stryx. No mesmo voo estava a cantora Elba Ramalho, ignorada pelos fãs que se acotovelavam no Hercílio Luz para esperar os rapazes. Do aeroporto seguiram direto para o programa Cesar Souza, descansaram um pouco e à noite se apresentaram na lendária boate Shampoo.
A turnê continuou em Porto Alegre, mas as datas previstas para agosto no Nordeste foram canceladas. Poucos meses depois, nada mais restava. As razões alegadas para a dispensa da banda foram mudanças no comando da CBS, incertezas na produtora do trapalhão e vendagens fracas. O Stryx ainda tentou recomeçar, mas era difícil se animar após ter chegado tão perto da fama – e perdido.
