A Grande Florianópolis tem sempre algo a oferecer – inclusive agora, na época mais fria do ano. Se não dá praia, pode dar outro tipo de turismo. Para diversificação, é o lugar certo. A região tem a agitação da Capital e a tranquilidade de municípios como Rancho Queimado, Anitápolis e Governador Celso Ramos.
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Em Florianópolis, não deixe de fazer o básico: conhecer as praias mesmo no inverno, fazer trilhas e curtir a gastronomia à base de frutos do mar. Mas como é inverno e você não vai passar um dia inteiro no mar, aproveite também para conhecer os arredores da Capital. Os turismos de fé (com roteiros religiosos) e os rurais são os mais característicos da região.
Governador Celso Ramos
Há duas cidades em uma, lá em Governador Celso Ramos. A que só funciona no verão. E a que só se revela no inverno. À medida que o calor vai embora, a comunidade assume seu lado mais colonial: o de um verdadeiro vilarejo de pescadores, à espera de ser descoberto.
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Essa outra Governador Celso Ramos é simples, rústica. Sem requinte, nem o luxo dos turistas ou moradores ocasionais. Quieta. Com o barulho do mar a se ouvir de longe. Há pousadas e restaurantes que nem sequer abrem as portas no inverno. A não ser em finais de semana eventuais, quando alguns visitantes, em busca de sossego, vão até lá só para passear de carro.
Fazer o mesmo é uma boa ideia para conhecer praias desertas, cercadas de natureza selvagem. Aproveite para conversar com pescadores nativos. É uma delícia ouvir suas histórias. Deixe-se levar pelos cenários de zona rural, com direito à criação de gado, que separam uma praia e outra. Caminhe pelo Centro da cidade ou cavalgue pelos morros e mirantes de onde se avista o mar – alguns hotéis oferecem esse serviço, como o Palmas Hotel & Spa. Conheça Armação da Piedade, que preserva intacto o lado mais antigo da cidade: a Capela Nossa Senhora da Piedade, edificada em 1745 com óleo de baleia, e as ruínas da armação baleeira, da mesma época. Mas não deixe de ir com um guia, para conhecer bem as histórias nascidas lá.
Angelina
A cidade do Vale das Graças também pode virar roteiro de visita fora da Semana Santa. Sem multidão, sem peregrinação, sem milhares de fiéis, Angelina ganha novos contornos, novas cores e novos detalhes que, antes, talvez passassem despercebidos. Bem no centrinho, a Igreja e a Gruta Nossa Senhora de Angelina estão sempre abertos, e sempre há um ou outro morador circulando. Também há confissão e benção todos os dias, em qualquer horário.
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Construída em meio à vegetação selvagem de um morro, a gruta segue preservada. Acompanhando a trilha pavimentada que leva ao topo dela, há lagos, cachoeiras e mirantes discretos, de onde se vê a cidade. Após cruzar as 15 curvas, que retratam as 15 estações da via sacra, chega-se ao topo e já se avista um santuário repleto de objetos sacros: a primeira impressão é de uma lojinha de souvenires. Mas para quem nunca viu, pasmem: são centenas de objetos levados pelos próprios fiéis e deixados ali em agradecimento a graças alcançadas – fotos de pessoas, recortes de jornal, casas de madeira em miniatura e roupas de bebês. À esquerda, o caminho que leva à cascata e à imagem iluminada de Nossa Senhora, é cercado por centenas de placas de mármore, fixadas nos paredões de pedra. Vale também visitar a loja de produtos coloniais em frente à igreja – principalmente mel e queijo – e parar o carro na saída de Angelina, já na SC-407, onde há o mirante para uma cascata. Para quem quer aproveitar a programação religiosa, a Festa de Assunção de Nossa Senhora será agora, nos dias 18 e 19 (santuarioangelina.com.br).
Biguaçu
Bem no pé da Serra Catarinense, Rancho Queimado e Anitápolis já viraram referência no turismo rural. Para quem ainda não conhece, certamente vale a visita. Mas a 65 quilômetros dali, outra cidade também começa a despertar para o mesmo caminho: não faz muito, uma propriedade de Biguaçu recém abriu os portões para o negócio. Em 16 hectares, as terras do casal Luiz Carlos e Neusa Bastos oferecem alternativas bem típicas para se passar o dia mergulhado em uma rotina rural – um único dia, já que não há como pernoitar ali. Continua depois da publicidade O lugar tem café colonial, churrasco com fogo de chão, passeios a cavalo e três trilhas ecológicas em meio a árvores nativas, viveiro de pássaros, açudes com peixes e plantas ornamentais, que, aliás, também estão à venda. E, como tudo é novidade, ainda há muito para surgir. O acesso ao local, batizado de Cabanha Salgareda, no limite com Antônio Carlos, pode ser feito pela SC-408. A visita, porém, é só por agendamento: (48) 3243-8088. GRANDE FLORIANÓPOLIS Sugestão de viagem: três dias entre as vizinhas Florianópolis, Biguaçu e Governador Celso Ramos. Distâncias até Florianópolis: Criciúma ………………………189 km
Joinville ……………………….176 km
Chapecó ………………………550 km 3 restaurantes na ilha Recanto dos Brunidores: aberto há pouco mais de um ano, vai além na qualidade e na ambição do preparo de frutos do mar. Canto sul dos Ingleses, s/nº; 9972-2143 Continua depois da publicidade Meat Shop Grill: em uma cabana com ares de Patagônia, prolongue sua noite com a ótima seleção de vinhos e carnes. SC-401, nº 10954; 3234-9548 Spice Garden: não se espera que um indiano venha morar na Ilha e faça o melhor da sua comida típica, mas isso aconteceu. SC-401, nº 4500; 3238-2170 + Leitura Apareça na recolhida Biblioteca Prof. Osni Régis, à tarde nos dias úteis, e perca-se entre 15 mil livros e um ambiente aprazível. Av. Mauro Ramos, 1344. Continua depois da publicidade