Torcedores de Brusque e de toda a região lotavam o estádio Augusto Bauer na tarde de 30 de março de 1958. O comerciante Erico Zendron, 86 anos, tinha 30 na época do jogo. Ainda que a fotografia fosse apenas um hobby, ele aproveitava os eventos da cidade para faturar algum dinheiro extra com a venda das imagens.
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Depois das tradicionais fotos dos times no meio do campo, decidiu se postar com a Roleflex atrás da meta de Arno Mosimann, goleiro do Carlos Renaux, esperando pelos gols do Botafogo.
_ Mas quem fez os gols no primeiro tempo foi o Carrenô! Aí, no segundo tempo, fui para trás do Gol do Botafogo. E não consegui fazer nenhuma foto de gol _ recorda Erico.
Quem abriu o placar foi o Carrenô (como é carinhosamente abreviado o time brusquense) aos 18 minutos. Julio Reinaldo Hildebrand, 84 anos, recorda que foi chamado do arquirrival Paysandu para reforçar o Carlos Renaux. Ele ampliou o placar dois minutos depois do primeiro, mandando uma bola cruzada para a rede. O Carrenô fechou o placar do primeiro tempo com 4 a 1 – a partida terminaria em 5 a 5.
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Resultado contra os cariocas foi melhor que o esperado
A torcida delirava com a goleada. O técnico João Saldanha gritava da beira do campo “Vocês vão perder para um time de fábrica?”, segundo Valdir Appel no livro Na Boca do Gol. Hildebrand, ou Julinho, como ficou conhecido, lembra que o treinamento nos gramados eram revezados com empregos (no caso dele, na tesouraria de um banco) e com outros esportes, como vôlei e basquete. O auge do Carlos Renaux foi na década de 1950: período em foi bicampeão catarinense e três vezes vice.
_ A gente sabia que ia fazer força para não perder, mas não esperava aquilo tudo _ recorda Julinho.
No segundo tempo, veio a reação do Botafogo, que chegou ao empate no segundo tempo.
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