Em entrevista coletiva dada na tarde deste domingo (22), em Florianópolis, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que não tem a intenção de inflamar os atritos existentes entre o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF).
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— A gente nunca quer – vamos dizer assim em uma linguagem coloquial – colocar fogo no parquinho né? O que nós queremos é que a harmonia e o entendimento entre os poderes se prepondere — disse Mourão.
O vice-presidente falou ainda sobre ofensas e os diferentes entendimentos entre a visão do executivo federal e os posionamentos do STF.
— Na minha visão se eu sou ofendido, e várias vezes eu sou, eu posso simplesmente ignorar, entender que aquilo faz parte do jogo que nós estamos vivendo ou então, se eu me considero extremamente ofendido, vou na delegacia de polícia, faço um boletim de ocorrência e processo a pessoa. Mas, o que nós vemos hoje é que se eu ofender um ministro do STF eu posso terminar sempre preso com base nesse inquérito, o inquérito que não tem objeto, um inquérito que não tem fim, e onde o responsável ele é o investigador, ele é o acusador e o próprio juiz — afirmou Mourão quando perguntado sobre a investigação que ficou conhecida como “inquérito das fake news”.
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Quando questionado sobre o pleito deste ano, Hamilton Mourão criticou as comparações entre as eleições que ocorreram nos Estados Unidos, em 2020, e a votação que ocorrerá no Brasil, no próximo dia 2 de outubro.
— O nosso processo é totalmente diferente do processo americano. Não tem como comparar os dois processos. E lamentavelmente os nossos analistas procuram dizer que aqui no Brasil vai ocorrer como lá. Não vai ocorrer. O que tiver que acontecer na eleição agora de outubro desse ano irá acontecer e quem for vencedor irá assumir o governo no dia 1 de janeiro de 2023 — disse Mourão.
O vice-presidente veio a Santa Catarina para palestrar na abertura do 18º Congresso Catarinense de Rádio e TV, promovido pela Associação Catarinense de Empresas de Rádio e Televisão (Acaert), em Florianópolis. No evento, Mourão falou ainda sobre relações entre Brasil e China, guerra na Ucrânia, situação da Amazônia e CPI da Covid-19.
*Com informações da NSC TV
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