Depois de anos de espera, pressão e do vaivém burocrático oficial, Santa Catarina pode comemorar, enfim, a emissão da licença que faltava para o início das obras do contorno viário da Grande Florianópolis. É uma vitória da mobilização e da fiscalização constante da sociedade, que não permitiu que os empecilhos burocráticos postergassem ainda mais essa decisão. No caso do Grupo RBS, a satisfação de compartilhar uma notícia que é também resultado de uma parceria importante com a população na defesa de uma causa mais do que relevante para aliviar o trânsito e garantir segurança em um dos principais pontos de congestionamento da BR-101. As reportagens das repórteres Joice Bacelo, do Diário Catarinense, e Thais Andriolli, da RBS TV, cumpriram com o relevante papel social de acompanhar desde março de 2013 todos os passos que envolvem o projeto, desde as polêmicas mudanças de traçado até a cobrança do cumprimento do cronograma inicialmente acertado.

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O documento emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) destrava as amarras oficiais que vinham impedindo que as máquinas pudessem efetivamente operar. A autorização assinada pelo órgão federal permite que o contorno comece a sair do papel no trecho entre os Km 221 e Km 225, no município de São José, e o compromisso da empresa concessionária é de que os trabalhos na pista sejam deflagrados no dia 13 de junho. O caso do contorno viário, que tem agora um capítulo positivo e animador para os usuários da rodovia, é emblemático: incluído no edital de privatização da rodovia em 2007, deveria estar pronto desde 2012, revelando uma máquina pública engessada, muitas vezes inclusive por questões previstas em lei. Também mostra, mais uma vez, a relevância de fiscalização constante, que deve continuar a todo o vapor nas etapas seguintes.

É bom lembrar que a missão não terminou: agora, toda as atenções devem ser voltadas para os prazos estabelecidos para início e término da obra. Além da outra batalha burocrática que está por vir, que é a aprovação das obras do contorno nos dois outros trechos, em Biguaçu e Palhoça, que continuam sob a análise do órgão ambiental federal.