O futebol brasileiro só começou a se organizar administrativamente depois de 1956, quando João Havelange assumiu a presidência da CBD. Antes, as seleções entravam nas copas por sua conta e risco, sem nenhuma base de sustentação e acabavam dando vexames em Copas do Mundo. Havelange vai para a Fifa e começam os desmandos no futebol brasileiro. Foram alguns os trapalhões que presidiram a CBF. Agora, estamos chegando ao limite. Já não se sabe quem manda, se o Clube dos 13, a Confederação ou a televisão, todos ameaçados por Eurico Miranda, presidente do Vasco. A nova mudança de data para início da Série B do Brasileiro é uma prova disso. Desrespeitam-se os clubes, ignoram-se as dificuldades financeiras de cada um e, numa canetada, altera-se todo um cronograma de trabalho previamente traçado. Este é o futebol Brasileiro. Novos amistosos Como acreditar nesta nova data, 12 de agosto, imposta pela CBF para o início da Série B? Que venham os amistosos, desde que o tempo não conspire contra o futebol. O Avaí tinha tudo para apresentar Cairo e Mazinho neste domingo. O amistoso foi cancelado para que os jogadores não corram risco num gramado sem condições ideais. Um novo cronograma de trabalho será montado e outros jogos deverão vir. A carta A luta dos clubes da Série B é por um calendário até o final do ano. Posto como está, o campeonato, para quem não classificar, terminará em outubro. Inicialmente cada grupo de 14 clubes classificaria apenas dois. Outra luta é tentar, pelo menos, quatro, caindo seis clubes. O que está irritando alguns presidentes é a imposição de aceitar a irrisória taxa da televisão, que sequer chega a R$ 50 mil para cada clube, muito menos que o Campeonato Catarinense. Tradução Nada melhor que um domingo para reviver as boas histórias que o futebol nos proporciona ao longo dos anos. Numa viagem a Chapecó sempre se procura algo a fazer para matar o tempo. Na época, não havia vídeocassete nos ônibus. Dois jogadores do Avaí lêem uma revista e se deparam com a palavra “antropófago”. Recorrem a João Salum, que, para não complicar muito, explica simplesmente: “É homem que come homem”. E os dois, espantadíssimos: “Fanchono”!? A reclamação “Pelo jeito, me pegaram para Cristo”. O desabafo é do presidente Delfim Peixoto Filho ao reclamar dos comentários sobre a capacidade dos estádios de futebol em Santa Catarina. O presidente da FCF disse que os números apresentados foram fornecidos pela Polícia Militar e não entende como o pau roncou em cima dele. Série B Delfim Peixoto também não entendeu o motivo da transferência da Série B para o dia 12 de agosto. A CBF simplesmente alega razões de ordem financeira. O patrocínio da televisão não cobre as despesas de um campeonato de longa distância, daí a razão da regionalização, que deve ser confirmada esta semana na CBF. O rádio As equipes esportivas do rádio sempre foram pau para toda obra. Carnaval, parada militar, solenidades oficiais… lá estavam os alegres rapazes do esporte. E ainda se trajavam a caráter, de acordo com o evento. Confiram três meninos transmitindo o Baile de Carnaval do Lira Tênis Clube, usando chapéu de almirante. À direita, de costas, Luiz Osnildo Martinelli; no centro, Maury Borges; na esquerda, Mário Ignácio Coelho; e, ao fundo, o falecido sonoplasta Mauro Mello. Um espetáculo! Pornô Encontro Rubão, goleiro do Avaí, aborrecido – o que é raro -, queixando-se, todo zangado, de ter jogado dinheiro e tempo fora. “Fui ao cinema, acreditando, pelo título que passavam, ser um filme de sacanagem, um pornô da pesada, e, quando acaba, era um filme bíblico.” “Mas que filme era esse, Rubão?” “As piranhas do Egito”.
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