Principal personagem a depor nesta quinta na CPI do Cachoeira, o araponga Idalberto Matias Araújo, o Dadá, foi orientado a repetir a estratégia usada na terça-feira pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, mantendo silêncio diante de deputados e senadores.
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Segundo advogados, ele só falará em sindicâncias internas, que apuram sua participação em corrupção de funcionários públicos em troca de vantagens para a organização do contraventor.
O advogado Leonardo Gagno adianta que, em depoimento à Corregedoria do Distrito Federal sobre suposto pagamento de propina a Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), Dadá vai sustentar que não houve pagamento, embora, nas interceptações telefônicas da Operação Monte Carlo, apareça orientando o ex-diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, a fazê-lo.
O advogado diz que a mesma tática será usada hoje pelo araponga Jairo Martins, também seu cliente.
– Os dois vão usar o direito constitucional de não se autoincriminar – afirma.
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Gagno pede a anulação das gravações da Monte Carlo, sob o argumento de que não foram obtidas conforme a lei.
– Todas as perguntas vão ter origem nas interceptações. Então, eles não podem responder sobre aquilo que estamos pedindo a nulidade.