O momento é de exigir pronta mobilização do poder público com o objetivo de minimizar os transtornos às vítimas do temporal que atingiu Lages no início da semana.
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Passado o impacto inicial do temporal da segunda-feira, espera-se que o poder público aja com presteza para atender as cerca de 84 mil pessoas afetadas de alguma forma em Lages, na Serra catarinense. A chuva de granizo, que de acordo com a Defesa Civil atingiu 60% do município e resultou na decretação de situação de emergência pela prefeitura, requer pronta mobilização do poder público estadual com objetivo de minimizar os transtornos às famílias e empresas, além de restabelecer à população todos os serviços essenciais. Em momentos como esses, forças-tarefas com o engajamento de vários órgãos governamentais são importantes para diagnósticos precisos das prioridades e, principalmente, para garantir o aporte dos recursos necessários.
Nos primeiros dias após o fenômeno meteorológico, a resposta dos governos municipal e estadual tem sido insuficiente para o atendimento das principais demandas dos moradores. Na quinta-feira, quando Lages foi atingida por um novo temporal com destruição de árvores e novos destelhamentos de casas, houve protesto motivado pela falta de telhas e de lonas para cobertura das residências danificadas no início da semana. O processo de liberação de parcela do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve demorar de 60 a 90 dias, segundo previsão inicial da Caixa Econômica, instituição responsável pela análise da documentação. Das 134 creches e escolas do Estado e da prefeitura que precisaram fechar as portas logo após o granizo, 20 não têm previsão de reabertura pela falta de condições de infraestrutura. O cenário mais preocupante, no entanto, envolve as famílias que precisam de suporte para permanecer em suas casas com segurança.
Cabe ao governador reeleito Raimundo Colombo, nascido em Lages e familiarizado com os problemas e carências da cidade e da região, liderar esse processo com o máximo de agilidade. As ações emergenciais para reconstrução são de grande porte, sim, e entende-se a dificuldade momentânea de reação do poder público, mas os grandes desafios são a superação da inércia e a eliminação dos tradicionais entraves burocráticos inerentes à atividade estatal.
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