Entrevista com Maria Beatriz Luce Ex-pres. da Associação Nacional de Política e Administração da Educação

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Entre os prós e contras das diferentes maneiras de se escolher um diretor de escola, a professora Maria Beatriz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), enfatiza que a indicação política deve ser descartada, pois não contribui para o ensino nem para a cidadania.

Diário Catarinense – Como deve ser a escolha de diretor?

Maria Beatriz Luce – Com a redemocratização do país, veio a ideia de democratização na educação, por meio da gestão. A eleição do diretor é um dos instrumentos. Mas é importante ter um conselho escolar. Isso mostra aos alunos como funciona uma sociedade democrática e como se exerce o direito ao voto. A escola tem de ser um exemplo de vida democrática.

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DC – A proposta apresentada pela Secretaria de Educação de Santa Catarina é uma boa opção?

Maria – Seria um avanço importante, assim como os cursos para trazer fundamentos teóricos, filosóficos e administrativos. Só a experiência em sala não garante um bom diretor. A melhor opção é a educação continuada, com plano de formação ou especialização.

DC – Já chegamos a um modelo ideal para aplicação?

Maria – Não conseguimos chegar ainda a uma equação ideal. Mas a indicação política é descartada. É preciso ver o diretor como um líder, com a legitimidade de ser escolhido pela sua comunidade.