Uma empresa de Joinville está ajudando diretamente nos planos de várias companhias aéreas internacionais para tornar a aviação mais sustentável. Com sede no bairro Boa Vista, na Zona Leste de Joinville, a Termotécnica reaproveita e produz embalagens de isopor com materiais reciclados para fazer o transporte de frutas para outros países. As chamadas “FarmFresh” têm um peso 60% menor do que as caixas de papelão, o que pode reduzir em até 6% o custo do frete aéreo, gerando economia em toda a cadeia e diminuindo, assim, as emissões de CO2 no planeta.

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Desde que iniciou o trabalho junto aos exportadores de frutas, a indústria faz parte da Global Packaging Alliance, uma parceria global de reciclagem de embalagens. Em cinco anos de atividades já foram mais de 1,2 milhão de conservadoras FarmFresh utilizadas na exportação — uma média de 240 mil ao ano.

São mais de 5 mil toneladas de frutas brasileiras como manga, uva, limão e lima, pitaya, figo, mamão, goiaba, maracujá, lichia e atemoia enviadas ao mercado externo. Os produtos são destinados para países de toda a Europa, como França, Espanha, Portugal, Inglaterra, Áustria, além do Oriente Médio, Rússia, China e Canadá. 

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Albano Schmidt, presidente da Termotécnica de Joinville (Foto: Divulgação)

— Queremos levar a conscientização para a destinação correta e reciclagem deste material para outros mercados. Com recicladores parceiros em outros países, juntos podemos expandir o processo de logística reversa e reciclagem do EPS, fazendo a economia circular acontecer na prática — afirma Albano Schmidt, presidente da Termotécnica.

De onde vem o material e como é feita a reciclagem

O isopor que é reciclado e utilizado pela empresa vem das embalagens pós-consumo recolhidas por uma rede de parceiros que a Termotécnica tem em todo o país, por meio do Programa Reciclar EPS. De acordo com o presidente, a iniciativa gera empregos diretos e conta com cooperativas, gestores de resíduos e geradores parceiros no país.

Isso impacta, segundo Schmidt, na inclusão sócio-produtiva de mais de cinco mil famílias e contribui para a valorização dos trabalhadores da cadeia de reciclagem.

— Iniciamos um processo de reconhecimento às cooperativas de reciclagem e ampliamos nossas parcerias, gerando emprego e renda para os trabalhadores deste segmento e suas famílias — destaca.

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Para a fabricação dessas embalagens conservadoras usadas para transporte de produtos frescos e perecíveis é utilizado o isopor virgem produzido também pela Termotécnica, em Joinville. Esta sucata pós-consumo do produto que vai para reciclagem é processada, tirando-se o ar do EPS e transformando em PS — um plástico de origem totalmente reciclado que a indústria revende para empresas que fabricam rodapés, peças técnicas, vasos e uma infinidade de usos.

Após o uso, com o compromisso de fechar todo o ciclo de logística reversa, a Termotécnica conta com uma parceria com a recicladora ECO 2PR, da França, para a coleta das embalagens destas remessas. 

A matéria-prima é produzida a partir de resinas de origem do petróleo. Em seguida, a empresa desenvolve soluções de embalagens em isopor usando essa material virgem, faz a logística reversa e reciclagem das embalagens no pós-consumo, que vira outra matéria-prima que esta, é comercializada para outros fabricantes.

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Atualmente, a Termotécnica estuda também a utilização de um percentual de matéria-prima de origem reciclada também em suas embalagens. Além disso, a empresa está em processo de expansão do plano de sustentabilidade para outras companhias.

— O mundo e os mercados estão cada vez mais exigentes quanto à pegada ambiental das empresas e estamos comprometidos com esta agenda apresentando soluções que estão em linha com essas demandas — diz Albano Schmidt.

Empresa é pioneira e maior recicladora do material

 A Termotécnica é uma das maiores indústrias transformadoras de EPS da América Latina, além de pioneira e maior recicladora desse material pós-consumo no Brasil. Detentora de mais de 100 marcas e patentes registradas desde a sua fundação, há mais de 60 anos, a matriz da empresa fica em Joinville e a unidade de reciclagem no Distrito de Pirabeiraba. Também possui unidades produtivas e de reciclagem em Manaus (AM), Petrolina (PE), Rio Claro (SP) e São José dos Pinhais (PR).

Desde 2007, a empresa já coletou e reciclou aproximadamente 48 milhões de quilos de EPS de embalagens pós-consumo — o que equivale a uma área de mais de 10 estádios do Maracanã — que foram transformadas em nova matéria-prima comercializada no mercado.

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