Para que serve a educação? Esse é um termo muito mencionado quando se pensa em políticas públicas, plataformas de campanha e preocupações sociais, mas, na prática, o que significa promover e incentivar a educação? De acordo com a Constituição Federal de 1988, ela é um direito fundamental de todos os brasileiros, assim como um dever do Estado e da família. O documento estabelece duas finalidades: o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
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Isso quer dizer que o compartilhamento e a construção do conhecimento, além do desenvolvimento de habilidades, vai muito além da trajetória individual de cada um. A educação é tão importante que consta entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que posiciona “assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” como uma das metas a serem atingidas até 2030 pelos 193 países membros da entidade.
O cenário brasileiro impõe alguns desafios quando se fala sobre educação: segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), o Brasil ocupa o último lugar entre os 63 países avaliados. Questões como a desigualdade social e a falta de investimentos e recursos destinados à educação em todos os níveis são apenas alguns dos obstáculos que o país deve superar para garantir que todas as crianças e adolescentes tenham acesso ao ensino público de qualidade, com equidade de gênero e o desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável.
Ensino superior e educação profissional
Além de um ensino pré-escolar, fundamental e médio de qualidade, a educação superior e a formação técnica e profissionalizante também são contempladas pelos ODS. Neste aspecto, Santa Catarina é destaque: de acordo com o Observatório FIESC, o Estado detém a terceira maior escolarização no ensino superior do país.
O Panorama da Educação, levantamento realizado pela FIESC e divulgado em 2021, mostra que a escolarização de jovens entre 18 e 24 anos no Estado é de 33,7%, enquanto a taxa nacional é de 25,5%. Além disso, entre os anos de 2016 e 2019, houve um aumento de 3,3% no número de alunos matriculados no ensino superior – nacionalmente, o avanço foi de 1,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) da Educação.
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A formação superior ou profissionalizante é também o momento em que o estudante entra em contato com materiais teóricos, desenvolve seu olhar crítico e tem liberdade para explorar a inovação. Dentro das universidades e escolas técnicas, os futuros profissionais não desenvolvem apenas os seus conhecimentos, mas ajudam a construir o arcabouço coletivo.
É pensando nisso que a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), em parceria com o Consórcio de Inovação na Gestão Pública (CIGA) e com o Consórcio Interfederativo Santa Catarina (Cincatarina), promove o Summit Cidades Academy. Contemplando cinco grandes áreas e mais de 15 temas de estudo, o seminário é uma oportunidade de os pesquisadores saírem de dentro dos muros da universidade e entrarem em contato com os tomadores de decisão tanto municipais, como estaduais e federais e as grandes empresas, como explica a curadora do evento, Samara Neiva:
— Vamos falar sobre mobilidade urbana, tecnologia, inteligência artificial, meio ambiente, mudanças climáticas, catástrofes ambientais, entre outros temas, de modo a oferecer uma experiência completa de uma cidade e termos as melhores inovações desenvolvidas dentro das universidades do mundo inteiro.
O Summit Cidades Academy integra o Summit Cidades 2023, que tem data marcada para 26, 27 e 28 de junho, no centro de convenções CentroSul, em Florianópolis. Com feira de negócios, salas de reunião e coworking, apresentações de cases, workshops, treinamentos e palcos interativos sobre diversos assuntos, como inovação e tecnologia, comunicação política e institucional e novas legislações, a expectativa é receber mais de 5 mil participantes e mais de 100 trabalhos acadêmicos apresentados ao Summit Cidades Academy.
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Para além dos debates acadêmicos, o Summit Cidades é um momento em que os participantes poderão conhecer profissionais renomados em palestras e debates. Entre as participações confirmadas estão o cientista climático do Banco Mundial, Pablo Salas, e a professora Jessica O’Campo, do Camexus IOT da Universidade de Cambridge.
Os ingressos para acompanhar a programação do Summit Cidades 2023 já estão à venda e, para participar do Summit Cidades Academy, o prazo de envio dos trabalhos é 31 de maio. As vagas são limitadas e a programação completa será disponibilizada em breve.
O Gestão de Valor conta com o patrocínio de Fepese, CREA-SC, BRDE, Sebrae e CRA-SC.
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