Quem, da minha geração, viu o filme americano “O Dia D”, não tenho certeza do título, mas era sobre isto, sobre o ataque dos exércitos aliados na Segunda Guerra Mundial, deve ter parado na frente da televisão pensando naquele horror. O menino – soldado que saltou de paraquedas e não pôde participar porque ficou preso até quase o fim do filme nos galhos de uma enorme árvore – segurava o fuzil e chorava por não poder fazer nada. Dos outros horrores e pretensões dos generais, nem vou falar.

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Falo disto porque o Exército Brasileiro deu um espetáculo de treinamento nas ruas e praias do Rio de Janeiro na semana passada, o que não chegou nem perto do filme, mas para quem fala tanto e tão alto que não vai acontecer nada nas Olimpíadas, calculo que tem gente mais assustada que eu.

E a encrenca não fica por aí, todos sabemos que a Europa está sendo destruída e não há o que faça isto acabar. Espero que estejamos realmente protegidos por Deus, pelos anjos e outras entidades divinas e que as manobras do Exército estejam atualizadas. Mesmo porque estamos em pleno Festival de Dança e, mesmo não tendo conseguido comprar um convite, fico apreciando pela TV. Fico pensando nas dançarinas de perninhas de fora, principalmente o pessoal do Norte e Nordeste, que não sabe o que é o inverno neste lado de baixo do Equador.

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Tenho acompanhado as reportagens, e as meninas com uns casaquinhos (para nós) muito leves, e os meninos com todas as jaquetas que encontraram pra trazer. É um espetáculo à parte ver estes brasileirinhos de terras quentes e secas cheios de entusiasmo nesta terra que, psra contrariar todas as expectativas, está mais gelada que nos outros anos. Nem um solzinho raquítico apareceu até agora.

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Minhas vizinhas-amigas dizem que não viam um frio destes há muito tempo, e eu, só para esquentar a conversa, conto como é o frio na minha terra, o Rio Grande do Sul, que pode ser muito lindo, coberto de geada ou neve, mas para onde nunca voltarei no inverno.