A costureira de Chapecó que largou profissão para virar motorista internacional

O relógio marca 5h30min, Josiani Pavallegini acorda e começa a se preparar para a rotina que adotou há três anos após abandonar a costura: dirigir uma carreta internacional. A história da moradora de Chapecó, no Oeste catarinense, se mistura a de milhares de motoristas, que têm nas estradas uma segunda casa e são homenageados anualmente no dia 25 de julho, Dia do Motorista.

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A rotina rigorosa de Josiani inclui higiene pessoal, oração e, por volta das 8h30min, um café da manhã rápido. Isto porque o trabalho na estrada pode se estender até as 22h, com pausas para refeições quando possível.

— Trabalho até umas 21h30min, 22h. Encosta, banho, cama e deu. Só no outro dia — relata.

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Após 18 anos como costureira e um casamento, Josiani decidiu mudar de vida após a separação.

— Eu gostaria de voltar para a estrada. Até então, eu intercalava entre a costura e as viagens com meu ex-marido. Depois disso, falei: agora eu vou sozinha para lugares que nunca fui — conta.

Há três anos, ela iniciou o processo de habilitação, começando com a categoria B e, gradativamente, avançando até a categoria E no ano passado.

— Comecei o processo de achar uma empresa e vim aqui trabalhar de motorista carreteira internacional — explica.

Primeira viagem teve a neve de cenário

A primeira viagem foi para a neve, uma experiência emocionante e desafiadora.

— Foi um sonho realizado. Andar na neve é muito difícil e perigoso, mas ao mesmo tempo muito satisfatório. Você vê imagens que só vê em telas, em filmes, em TVs. E você está lá, vê uma cultura diferente, tem que se adaptar a uma língua diferente, no caso, o espanhol no Mercosul — descreve.

Josiani também destaca as dificuldades enfrentadas na estrada, especialmente em relação à infraestrutura e segurança para mulheres.

— Esse é um ponto que tem que ser levado muito em consideração para quem quer vir para a estrada. E isso é basicamente o mais difícil. O resto tudo se ajeita com tempo e paciência — afirma.

Para ela, a palavra “será” é pequena, mas pode causar um grande impacto:

— Tem que tentar. Tem que ir. Porque nunca é tarde. Nem para estudar, nem para realizar um sonho, nem para correr atrás do que você quer. Tudo tem a sua hora e o seu tempo. Se não deu certo antes, agora é a hora.

*Com informações de Letícia Ferrari, da NSC TV Chapecó

Este material foi gerado com a ajuda de inteligência artificial. As informações foram apuradas e checadas por nossos profissionais. A versão final do texto também passa pela curadoria de nossos jornalistas.

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