Uma bandeirinha em um carro ali; outra bandeirola em uma casa acolá; detalhes verde-amarelos em algumas ruas. E um clima pré-Copa do Mundo bastante tímido a menos de cinco dias da estreia da Seleção, o que reflete uma população indecisa sobre como se comportar diante de um Mundial dentro de seu país.
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O DC foi às ruas registrar imagens e medir o envolvimento ou indignação das pessoas. Há um padrão: a maioria torcerá pela Seleção, mas não chega à Copa feliz com os acontecimentos extracampo. Obras de infraestrutura negligenciadas, gastos públicos exagerados, estádios inacabados trazem um sentimento de que as manifestações que eclodiram em junho de 2013 não surtiram efeito.
Há extremos também. Tem quem seja patriota, ufanista e ache que deve-se esquecer o passado e vestir a camisa da Seleção. Assim como tem aqueles que torcerão contra, para que o que julgam ser uma vergonha nacional não seja mascarado ou anestesiado por intermédio do status da Seleção.
Black Blocks transformarão as sedes da Copa num inferno para as autoridades? Grevistas paralisarão metrôs, ônibus, serviços públicos? Ou um bom desempenho do Brasil em campo trará o povo novamente às ruas, mas para comemorar vitórias da Seleção? Este conjunto de perguntas não tem resposta por parte de ninguém.
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Há uma eleição presidencial cuja corrida eleitoral já anda paralela à Copa. Ser a favor ou contra o Mundial é um componente deste quadro político. E como a população vai se comportar nem ela sabe dizer.
