Apesar de o meio ambiente não estar entre os temas centrais dos protestos que marcaram o país esta semana, o tema pode se beneficiar indiretamente das manifestações. Isso porque os movimentos são um reflexo do crescimento econômico do país, e representam o desejo da população por mudança na administração pública. A gestão dos recursos naturais pode pegar carona nesse esforço.
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Em coletiva concedida à imprensa no início da tarde desta sexta-feira, durante o início do Fórum Mundial de Meio Ambiente, o ativista e advogado norte-americano especializado em direito ambiental, presidente da Waterkeeper Alliance e professor da Pace University School of Law, Robert Kennedy Jr, defende que a população manifesta insatisfação porque o país está crescendo economicamente.
Ele avaliou como positiva a onda de manifestações, comparando-as ao movimento Ocuppy Wall Street, movimento que surgiu em Nova York em 2011 para o combate a desigualdade econômica e social, posteriormente espalhando-se por diversos países do mundo.
– A classe média se fortaleceu e está clamando por democracia. E é importante que a democracia comece pela base – afirma Kennedy Jr.
Ministra participa do encontro
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Reunindo lideranças empresariais, políticas, pesquisadores e organizações socioambientais, o evento debate até este sábado questões relacionadas à preservação dos mananciais de água, o acesso à água potável e ao saneamento.
O Fórum Mundial de Meio Ambiente conta com a presença do governador do Paraná, Beto Richa, da ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, e do senador do Amazonas Eduardo Braga. Entre os palestrantes, estão o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, o presidente da Ocean Futures Society, Jean-Michel Cousteau, e a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
* A repórter viajou a convite da organização do evento.