A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) decidiu nesta sexta-feira manter a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais, e informou que Marrocos, Ucrânia, Belarus, Etiópia e Quênia se encontram “em situação muito crítica” devido a falhas nos seus programas antidoping.

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Em novembro, a Rússia foi suspensa após a publicação de um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada) que denunciou um esquema de “doping organizado”, com a cumplicidade de dirigente esportivos e do Estado.

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A decisão de manter a punição coloca em sério risco a participação do país nas provas de atletismo dos Jogos do Rio 2016.

Nesta sexta-feira, o norueguês Rune Andersen, que chefia a força-tarefa responsável por fiscalizar os avanços da Rússia, reconheceu que o pais fez “progressos consideráveis”, mas deixou claro que ainda resta “um trabalho significativo a ser feito para preencher os critérios de reabilitação”.

Por isso o Conselho da IAAF, que se reuniu nesta sexta-feira em Mônaco, decidiu manter a sanção, mas declarou convocar outra reunião extraordinária em maio.

— Vocês podem deduzir que a decisão final (sobre a reabilitação ou não da Rússia) será tomada naquele momento 1 explicou o presidente da IAAF, Sebastian Coe — Meu trabalho não é mandar o máximo de atletas possíveis às Olimpíadas — ironizou o dirigente.

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Apesar da punição ser mantida, o ministro russo dos Esportes, Vitali Mutko, fez questão de manter o otimismo.

— Não vejo nenhum obstáculo insuperável que possa nos impedir de encerrar este caso até maio — avisou.

Enquanto a Rússia corre contra o relógio para não ficar fora da provas de atletismo, Marrocos, Ucrânia, Belarus, Etiópia e Quênia precisam ficar de olho para não conhecer o mesmo destino.

— O Conselho da IAAF considera a situação desses cinco países muito crítico, em diferentes graus. Ainda não há sanções imediatas, apenas um advertência séria — explicou Coe.

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*AFP