Seis milhões de inscritos, mais de 600 milhões de visualizações e 500 minutos de vídeos bombando no YouTube. Um dos maiores fenômenos na internet brasileira, o grupo Porta dos Fundos abriu a Semana ARP da Comunicação, nesta segunda-feira, no Hotel Sheraton, abrindo uma fresta de suas estratégias para uma plateia repleta de publicitários e jovens dispostos a ter seus momentos de fama na internet.

Continua depois da publicidade

Confira as dicas

Periodicidade:

A liberdade da internet não significa baderna de dias ou horários.

Continua depois da publicidade

– O Porta dos Fundos decidiu fazer vídeos toda a segunda e quinta-feira. A ideia foi criar uma periodicidade para que o público soubesse exatamente quando encontrar novo conteúdo – explicou um dos criadores do Grupo, Fábio Porchat.

O melhor momento:

Depois de conversar muito com “veteranos” na web, o Porta se surpreendeu em ver que o horário de pico no YouTube era às 11h. Foi o horário escolhido para o grupo lançar novos vídeos, criando uma onda viral que faz os vídeos se popularizarem rapidamente.

Gregorio Duvivier responde a perguntas feitas por ele mesmo, em vídeo especial para Zero Hora:

Foco na qualidade:

O Porta inovou em ter diretores de produção, editores de imagens e especialistas em iluminação no set. Com isso, agradou a um público mais sofisticado.

Continua depois da publicidade

– Quebramos o mito de que os vídeos de humor na internet tinham que ser toscos – explica um dos criadores do Porta, Gregório Duvivier.

Audiência é consequência:

O humor considerado inteligente e “ácido” do Porta foi uma aposta de ir contra uma onda de humor adolescente sem muita aspiração crítica.

– Chegamos a pensar que o humor que queríamos fazer daria pouca audiência, atenderia um público muito específico. Mas apostamos no humor que acreditávamos, e o público aprovou – afirma Duvivier.

Continua depois da publicidade

Pense em algo novo:

Um dos principais segredos do Porta foi ter criado do zero um tipo de humor para a internet, livre dos modelos de TV e suas tradicionais esquetes. Os temas, o tom de humor, o tempo e a atuação foram feitos sob medida pela web.

– A bola estava quicando, muita gente falava em fazer humor na web mas não víamos nada diferente. Desde o início pensamos em um programa para a internet – explica Porchat.

Não caia em clichês:

Os vídeos do Porta costumam passar longe dos clichês da internet ou da TV.

– Poderíamos embarcar em algum modismo para dar efeito viral na web. Mas seria fogo de palha, nosso trabalho rapidamente ficaria cansativo. A internet é atemporal, o conteúdo tem que ser bom pra qualquer época – diz Duvivier.

Continua depois da publicidade

Mantenha independência comercial:

Ainda que o objetivo de todo produtor de conteúdo seja ganhar dinheiro, (e o pessoal do Porta está em muitos comerciais) é necessário distanciar propaganda do conteúdo.

– Quando fizemos comerciais na web, não falamos diretamente das marcas. Apenas fizemos humor, associando as imagens das empresas – afirma Porchat.