Em desvantagem nas pesquisas, a equipe do republicano Mitt Romney acredita que os debates eleitorais podem livrar o candidato da fama de azarão e reverter o fatalismo que aponta para sua derrota iminente.

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O primeiro de três encontros entre Romney e o presidente democrata Barack Obama, marcado para as 22h, também é visto pelos estrategistas republicanos como uma maneira de mudar a imagem desgastada do candidato.

Embora analistas indiquem que Obama deva ocupar a Casa Branca por mais quatro anos, ainda restam 33 dias para as eleições – tempo suficiente para uma alteração do atual cenário.

Obama chega ao debate em Denver, no Colorado, com uma vantagem apertada, mas constante (49% a 46%, segundo a média de pesquisas feita pelo site Real Clear Politics). Ainda mais urgente, para Romney ter alguma chance de vitória, é crescer nas intenções de voto nos chamados Estados-chave do mapa eleitoral americano – Ohio, Virgínia e Flórida são os mais cotados para definir a eleição.

O tema principal é a política interna, o que envolve assuntos como economia, reforma do sistema de saúde, dívida pública, emprego, concorrência com a China e incentivos fiscais.

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Embora o desemprego tenha ficado acima de 8% no últimos 43 meses – uma munição potente contra Obama -, algumas pesquisas indicam uma recuperação da confiança na superação da crise. Nos cálculos do instituto Gallup, há um significativo aumento do índice de confiança do consumidor, uma tendência que pode prejudicar Romney no longo prazo. Por outro lado, o republicano é alvo de cobranças por suas constantes gafes e sobre seus comentários a respeito da população que não paga imposto de renda no país (os tais 47%).

O que é igual entre os dois adversários, que se encontraram apenas quatro vezes na vida, é a preparação minuciosa, tática das técnicas de defesa e ataque que ambos passaram vários dias aperfeiçoando.