A família do lubrificador Gilmar Bolzan, 39 anos, não deve esquecer tão cedo do susto que levou na noite de quarta-feira, durante a trovoada que caiu na região. Ele, a mulher Sônia Maria Maier, e as filhas Cintia e Raysa, de 16 e 12 anos, estavam dormindo quando escutaram um estrondo forte atingir a casa, no bairro Corticeira, em Guaramirim.
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Como ouviram barulho de móveis quebrando, a primeira reação foi ir até a cozinha. Lá, viram que o armário, a lâmpada e parte das louças estavam quebradas. O freezer comprado há apenas dois meses também havia queimado.
Ao chegarem na varanda, viram que a estrutura de concreto da caixa d’ água e alguns tijolos das paredes estavam danificados. Uma toalha estendida no varal queimou e um guarda-chuva foi praticamente destruído, dando uma dimensão da força do raio que havia acabado de cair no quintal, perto das árvores.
Gilmar usou o extintor de incêndio do carro para apagar o fogo, temendo que o botijão de gás fosse atingido. Nem a cachorra Lica, de quatro anos, escapou. Amarrada a um tronco de madeira que foi partido em três, o animal de estimação não sobreviveu à descarga elétrica.
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Em meio ao susto, constataram que o gato da vizinha também havia perdido a vida. O animal dormia embaixo do carro da família, que parou de funcionar quando o raio caiu.
– A casa toda tremeu com o estouro. Graças a Deus, não tinha ninguém na varanda, senão morria na hora – conta Gilmar.
Sônia conta que o raio também queimou eletroeletrônicos de pelo menos dois vizinhos.
– Ainda estamos assustados, mas felizes por não ter acontecido mais grave. O que perdemos vamos recuperar – diz.
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O bombeiro Joannes Spezia explica que as descargas elétricas normalmente são atraídas por objetos mais altos e pontiagudos. Segundo ele, geralmente os raios atingem as antenas, por serem de metal e conduzirem eletricidade, mas também é comum que eles caiam em árvores.
– Em dez anos trabalhando como bombeiro, já atendi outras situações parecidas na cidade. A força da descarga elétrica pode sim provocar esse tipo de estrago – comenta.
Spezia orienta que sejam instalados para-raios nas residências e que as pessoas evitem usar o telefone ou manusear objetos de metal – como talheres – durante uma trovoada. Também é recomendado desligar equipamentos eletrônicos, para reduzir o risco de curto-circuito.
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