Desde que ficou sozinho com a mãe numa residência de cinco quartos, no Bairro Estreito, o policial militar Raony Osório, 24 anos, decidiu abrir as portas da própria casa para receber visitantes dispostos a conhecer Florianópolis. De 2009 até hoje, mais de 120 pessoas passaram pelo albergue, a maioria estrangeiros e estudantes universitários.
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Manezinho, nascido e criado em Floripa, Raony é cicerone e também um guia turístico improvisado. Apresenta a cidade que ama a todos que recebe na espaçosa casa, em frente à Beira-Mar Continental, com várias informações:
– Florianópolis é uma das menores capitais do Brasil, com 420 mil habitantes, e peculiar por ser uma ilha. Valoriza a cultura açoriana e a pesca artesanal. A arquitetura da cidade é colonial. É boa para se viver e uma das mais seguras do país. Tem mais de cem praias. Sugiro um passeio pela Costa da Lagoa, pelas trilhas do Sul da Ilha e pela mais cosmopolita das praias, Jurerê Internacional – recita o mantra com o qual apresenta Florianópolis para seus novos amigos.
Segundo Raony, a impressão dos visitantes é sempre a mesma. Todos admiram a beleza da cidade, ficam fascinados e desejam retornar. Alguns, definitivamente.
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Aos 26 anos, a estudante de História da América Latina Gemma Serra Burguès, espanhola da cidade de Matadepera, na Catalunha, está em Floripa há menos de um mês. Se hospedou na casa de Raony e vai ficar um semestre estudando na UFSC. Como todos os hóspedes de Raony, adorou a cidade:
– Ainda não conheço muita coisa, mas o que vi é lindo. A cidade é muito acolhedora – resume.